Enxerto omental livre sem anastomose vascular na cicatrização cutânea de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Henriques, Marcelo de Oliveira lattes
Orientador(a): Silva, Marta Fernanda Albuquerque da lattes
Banca de defesa: Silva, Marta Fernanda Albuquerque da, Marinho, Bruno Guimarães, Carvalho, Vivian de Assunção Nogueira, Ferreira, Maria de Lourdes Gonçalves, Degani, Viviane Alexandre Nunes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10153
Resumo: O processo de cicatrização em mamíferos está intimamente ligado à manutenção do meio interno e à sobrevivência do animal, sendo influenciado por fatores como vascularização local, estado nutricional, higidez, presença de infecção e doenças concomitantes, entre outros. Materiais biológicos têm sido recomendados no processo cicatricial por possuírem propriedades antibacterianas e analgésicas, acelerarem a formação de tecido de granulação, de epitelização e propiciarem barreira à invasão bacteriana. O omento tem sido usado na medicina humana e veterinária na cicatrização de feridas, por meio de enxertos pediculados ou livres, desde antes de 1900, entretanto o mecanismo pelo qual há auxílio na resolução de lesões não é completamente compreendido. A presença de ampla vascularização, de células de defesa inata e específica, denominados “milky spots” e células pluripotenciais mesenquimais tem sido determinada como preponderante para promover cicatrização e regeneração em tecidos injuriados. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a viabilidade e influência do enxerto de omento livre, sem anastomose vascular, na cicatrização de feridas cutâneas em ratos Wistar machos, que foram divididos em quatro grupos de sete animais, sendo dois grupos controle (CT7 e CT14) e dois tratados (OM7 e OM14), tendo sido realizadas as seguintes avaliações: macroscopia e morfometria das feridas, análises histopatológicas, quantificação de fibras de colágeno tipos I e III e pesquisa de citocinas e fatores de crescimento, como Fator de Crescimento de Endotélio Vascular (VEGF), Fator de Crescimento de Fibroblastos (FGF) e Fator de Crescimento Transformador-β (TGF-β), por imunohistoquímica e por expressão gênica feita pela técnica de reação em cadeia de polimerase. Nos resultados macroscópicos, o enxerto permaneceu viável na ferida em todos os animais tratados, sem maiores complicações. Comparado ao grupo CT14, no grupo OM14 houve significativo aumento do infiltrado mononuclear e diminuição do TGF-β aos 14 dias, sem diferença estatística nos demais parâmetros e momentos de avaliação. Estes achados no infiltrado mononuclear e na quantificação de TGF-β, aos 14 dias de pós-cirúrgico, deve-se possivelmente às capacidades imunomoduladoras do omento. Pode-se concluir que a utilização do omento livre autólogo sem anastomose vascular na cicatrização cutânea é eficaz e viável, não tendo ocorrido rejeição, perda do enxerto ou ausência de cicatrização nas lesões agudas em ratos saudáveis.