Suscetibilidade de Digitaria insularis a herbicidas inibidores de EPSPs e ACCase e alternativas de controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Felipe Cipriano da lattes
Orientador(a): Pinho, Camila Ferreira de lattes
Banca de defesa: Pinho, Camila Ferreira de, Machado, Aroldo Ferreira Lopes, Hüther, Cristina Moll
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13277
Resumo: A frequente utilização do herbicida glifosato em sistema de produção agrícola tem selecionado populações de capim-amargoso (Digitaria insularis) resistente a este herbicida. A opção de controle desses biótipos tem sido feita, quase que exclusivamente, com herbicidas inibidores de ACCase. Com o objetivo de avaliar a eficiência dos herbicidas cletodim e haloxifope no controle de biótipos de D. insularis coletados nos estados de SP, GO, PR e RJ, e propor alternativas de controle com herbicidas pós-emergentes sistêmicos e de contato, foram conduzidos 3 ensaios. No primeiro ensaio (EI), conduzido em casa de vegetação, foram aplicadas doses crescentes (0, 1, 2, 4 e 8 vezes a partir da maior dose de bula) dos herbicidas haloxifope (60 g ha-1 de i.a.), cletodim (96 g ha-1 de i.a.) e glifosato (1440g ha-1 de e.a.) em plantas de 9 biótipos de capim-amargoso com três a quatro folhas. Foi avaliado a resposta obtida pelo sintoma das plantas aos herbicidas, o fator de resistência ao glifosato através de curvas de dose-resposta, a avaliação dos parâmetros da clorofila a além dos dados biométricos de comprimento da parte aérea, comprimento de raiz e biomassa seca total. O segundo ensaio (EII) e o terceiro ensaio (EIII) foram realizados em condições de campo com plantas de capim-amargoso nos estádios de 3-4 folhas, 3-4 perfilhos e pleno florescimento onde foram testados doses de 0, ½ e dose máxima de bula. Para EII foram utilizados os herbicidas quizalofope (120 g ha-1 de i.a.), haloxifope (60 g ha-1 de i.a.), cletodim (96 g ha-1 de i.a.) e setoxidim (184 g ha-1 de i.a.) e para EIII os herbicidas paraquat (600 g ha-1 de i.a.), paraquat+diuron (200+100 g ha-1 de i.a.) e glufosinato (600 g ha-1 de i.a.). No EII e EIII foi avaliado a resposta das plantas aos herbicidas nos três estádios de desenvolvimento assim como avaliação dos parâmetros da clorofila a e dados biométricos. No primeiro experimento foi verificado uma variação na suscetibilidade ao glifosato entre os biótipos avaliados. Em todos os biótipos avaliados o fator de resistência foi inferior a 10. Através da avaliação da fluorescência da clorofila a observou-se que os biótipos coletados em Toledo1/PR e Cascavel/PR, tratados com glifosato, sinalizaram uma recuperação dos parâmetros fotossintéticos avaliados, aos 21 DAA, quando comparado ao tratamento testemunha. Para todos os biótipos o herbicida cletodim ofereceu controle superior aos 7 DAA quando comparado ao haloxifope. Entretanto aos 14 DAA os sintomas dos biótipos proporcionado pelos dois herbicidas foi semelhante. Para EII a ação dos pós-emergentes sistêmicos mostraram elevado dano nas plantas (superior 80%) de capim-amargoso. No estádio fenológico de 3-4 folhas o sintoma proporcionado pelos herbicidas testados aos 14 DAA, mesmo na menor dose avaliada, foi superior a 90%. Aos 21 DAA foi obtido o controle de 100% das plantas de capim-amargoso. Para EIII a ação dos herbicidas de contato proporcionou severos danos a parte aérea das plantas de capim amargoso, em especial as que se encontravam no estádio de 3-4 folhas, quando aos 7 DAA foi observado controle de 100%. Nos demais estádios para os herbicidas paraquate e a mistura comercial entre paraquate+diuron o sintoma de 95% foi alcançado aos 14 DAA e somente para o herbicida glufosinato foi observado a recuperação das plantas de capim-amargoso