A medicalização a partir da autolesão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Beatriz Corrêa da Silva lattes
Orientador(a): Magalhaes, Fernanda Canavez de lattes
Banca de defesa: Magalhaes, Fernanda Canavez de lattes, Aguiar, Katia Faria de lattes, Miranda, Lilian lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14529
Resumo: Este trabalho parte da prática de autolesão como operador conceitual para problematizar a medicalização na contemporaneidade. A medicalização é tomada segundo o reducionismo de práticas multifacetadas a uma relação de causa e efeito que envolve apenas o médico-biológico e que tem como resultado a patologização de condutas desviantes. Um desses comportamentos desviantes pode ser ilustrado pela prática de autolesão, caracterizada por cortes, lesões ou queimaduras pelo corpo, realizados pelo próprio sujeito sem intenção de suicídio. A presente dissertação busca investigar as eventuais descontinuidades do corpo da modernidade à contemporaneidade, situar a questão da medicalização a partir da prática de autolesão e problematizar a concepção medicalizante a respeito do tema. Para a consecução desse objetivo, utiliza a revisão bibliográfica do tipo narrativa a fim de refletir sobre as eventuais descontinuidades do corpo da modernidade à contemporaneidade. Aplica também o método netnográfico, ramo da etnografia, para levantamento de relatos de autolesão em redes sociais. Sustenta-se que, na contemporaneidade, ganha ainda mais força a percepção da autolesão como prática desviante, pois o corpo é considerado como bem supremo e, como tal, deve ser protegido. Em contraponto à lógica medicalizante, esta pesquisa buscou lançar luz sobre a complexidade do fenômeno da autolesão, ressaltando a importância de considerar a singularidade do sujeito que realiza a prática