Marcas da dor: estudo psicanalítico sobre autolesão em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lourenço, Francis Willian Bueno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17314
Resumo: A autolesão entre os adolescentes vem sendo evidenciada com certa frequência pelos veículos de comunicação. No tocante à saúde pública, os indicadores epidemiológicos referentes à lesão autoinfligida por adolescentes aproximam-se às epidemias de doenças biológicas de caráter orgânico. Não raro, o diagnóstico recebido pela área médica acaba levando a uma estigmatização, gerando no adolescente um ostracismo subjetivo, tolhendo a possibilidade de falar sobre suas dores emocionais. Neste sentido, a psicanálise constitui uma ferramenta eficaz, com o intuito de refletir sobre o sofrimento do adolescente, a partir da relação transferencial-contratransferencial vivida no setting. A presente pesquisa teve por objetivos investigar as vivências emocionais de adolescentes que praticam a autolesão, assim como, identificar os fatos clínicos relativos a episódios de autolesão, em atendimentos clínicos realizados com adolescentes, descrevendo os sentimentos vivenciados pelo adolescente antes, durante e após o episódio da autolesão e, analisar os aspectos afetivo-emocionais implicados na autolesão, a partir dos fundamentos da psicanálise. A coleta de dados foi realizada a partir de relatos clínicos e prontuários relativos ao atendimento em psicoterapia de sete adolescentes, que haviam sido atendidos em psicoterapia psicanalítica em um Serviço de Saúde Pública. Foram selecionados os fatos clínicos vivenciados durante as sessões de atendimento, em que houvesse menção a situações de autolesão praticadas pelos adolescentes em diferentes contextos, os quais foram analisados e transformados em fatos clínicos psicanalíticos. Finalmente os fatos clínicos psicanalíticos organizados em quatro categorias temáticas: autolesão e o sentimento de angústia, autolesão e o sentimento de abandono, autolesão e a busca por prazer, e, marcas da dor – da autolesão a representação da dor.