Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bittencourt, Thaís Ponciano
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Orientador(a): |
Romano, Jorge Osvaldo
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Banca de defesa: |
Romano, Jorge Osvaldo
,
Schmitt, Claudia Job
,
Petersen, Paulo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11608
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Resumo: |
A pesquisa consiste numa análise da construção política do discurso do campo agroecológico no Brasil, entendido como projeto contra-hegemônico para o desenvolvimento rural no país. Neste processo, a Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), rede das redes de agroecologia, é reconhecida como uma de suas principais enunciadoras, sendo os Encontros Nacionais de Agroecologia (ENAs) e a instituição da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) identificados como principais marcos da trajetória de sua coalizão. O argumento central é que o olhar sob a prática discursiva pode revelar a dimensão da ação política dos sujeitos coletivos, a partir da construção relacional de identidades, antagonismos, articulação de demandas e o impulso à mobilização coletiva. Assim, a análise procura demonstrar como, através dos discursos dos ENAs, a identidade agroecológica se constrói progressivamente, articulando “novas” demandas dispersas na realidade social e ampliando o seu “nós” agroecológico – do(a) produtor(a) familiar à unidade na diversidade; assim como define de forma relacional seu par antagônico – do latifúndio ao neoliberalismo; e como mobiliza demandas e respectivos sujeitos coletivos a partir de um programa político. A trajetória do campo agroecológico no Brasil é retomada a partir da metáfora de ilhas, a arquipélago e continente, a partir de uma contextualização da narrativa de projetos políticos no período autoritário, participativo e neoliberal no Brasil, conforme Evelina Dagnino. O marco teórico da pesquisa se baseia na abordagem pós-estruturalista da Teoria do Discurso (Discourse Theory) de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, passando por alguns de seus principais conceitos e noções, tais como: antagonismo, agonismo, hegemonia e prática articulatória. A análise de marcos interpretativos (frame analysis) também embasa o estudo como método para a análise da ação coletiva. O modelo metodológico se baseia no trabalho de Iñigo Errejón Galván, através da identificação dos marcos de diagnóstico, prognóstico e de motivação na análise dos discursos. Como resultados desta análise, almeja-se contribuir na resiliência política para a continuidade e fortalecimento da articulação da agroecologia e de seu projeto participativo, frente ao atual contexto de desconstrução institucional e simbólica em curso no Brasil |