Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Fernando Igne
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Orientador(a): |
Machado, Aroldo Ferreira Lopes
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Banca de defesa: |
Macedo, Robert de Oliveira,
Siddique, Ilyas |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13629
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Resumo: |
A biodiversidade presente em agroecossistemas pode fornecer uma teia ecológica complexa que dá suporte à produção de alimentos, além de frear impactos gerados pela intensificação agrícola. O manejo efetivo da vegetação espontânea é um entrave particularmente importante, pois estas podem causar perdas de rendimentos nas lavouras, embora possam prover e amplificar inúmeros serviços ecossistêmicos por spillover. No entanto, o desenvolvimento e adequação de técnicas de controle de espécies competidoras é uma pauta crescente a fim de reduzir custos de produção com capina, bem como aumentar a qualidade ambiental em sistemas agrícolas. Com isso, o presente estudo teve como objetivo geral compreender em uma avaliação multiescala, se, e como diferentes parâmetros da paisagem agrícola e da intensidade de cultivo imprimem efeitos sobre a composição florística e funcional da comunidade de espontâneas, quando associados a diferentes tipos de manejo de capina, sendo: seletiva, convencional, cobertura viva com Diodia saponariifolia + capina seletiva e ausência de capina. Para tal, realizou-se um experimento em 8 unidades produtivas no assentamento São José da Boa Morte, município de Cachoeiras de Macacu/RJ, sendo 4 imersos em paisagem com alta densidade florestal e 4 em paisagem simplificada. O arranjo espacial da unidade produtiva contempla as escalas de: cultivo (0,5 ha), unidade produtiva (4,0 ha) e paisagem (95 ha) sendo cada uma destas caracterizadas quanto a sua intensidade de cultivo e métricas da paisagem. Realizou-se o levantamento fitossociológico e geração de índices de diversidade para avaliar os efeitos dos diferentes tratamentos sobre a comunidade de espontâneas, bem como a influência da cobertura viva associada a capina seletiva sobre a diminuição da biomassa de cyperáceas e poáceas. Através de levantamento bibliográfico, as espécies foram agrupadas quanto a aspectos funcionais relacionados à provisão de serviços ecossistêmicos. Modelos lineares generalizados (GLMs) foram utilizados para selecionar as variáveis de maior efeito quanto à influência das diferentes escalas da paisagem sobre a riqueza e abundância das espécies agrupadas funcionalmente. Nossas análises evidenciaram que a cobertura viva por D. saponariifolia associada ao manejo seletivo (CV+CS), bem como a capina seletiva (CS) isoladamente, promoveram o aumento na diversidade e equitabilidade entre as espécies da comunidade de espontâneas ao longo de quatro meses. A CV+CS respondeu positivamente na redução da biomassa de cyperáceas e não o suficiente para poáceas. A capina convencional (CC) se mostrou prejudicial em todos os parâmetros avaliados, respondendo positivamente ao aumento da dominância. A riqueza de espécies prestadoras de funções ecossistêmicas é determinada principalmente pelo uso do solo na escala da unidade produtiva, sendo influenciada positivamente pelo elemento arbóreo natural em forma de bosques, cercas-vivas e mata ciliares próximas aos agroecossistemas, e negativamente pelo elemento arbóreo exótico na escala da paisagem; A abundância destas espécies é igualmente determinada pela intensidade de uso do solo na escala da unidade produtiva e pela presença de fitofisionomias naturais próximas. |