Caracterização molecular das amostras de Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909), isoladas de Triatoma vitticeps (Stal, 1859) no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Luciana Reboredo de lattes
Orientador(a): Mallet, Jacenir Reis dos Santos lattes
Banca de defesa: Toma, Helena Keiko, Gonçalves, Teresa Cristina Monte
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10730
Resumo: Trypanosoma cruzi o agente etiológico da doença de Chagas, apresenta uma considerável heterogeneidade entre as populações de isolados dentro do ciclo silvestre e doméstico. O alvo deste estudo é avaliar a diversidade genética de treze isolados de espécimes de Triatoma vitticeps que foram coletados da localidade de Triunfo, 2º Distrito do Município de Santa Maria Madalena (RJ) e um isolado da localidade de Vista Alegre, Município de Conceição de Macabu (RJ). Com o uso do PCR baseado nos genes de mini-exon através dos iniciadores TcI, TcII, Z3, Tr e ME, os 14 isolados apresentaram um perfil de bandas com 150 pb característica de zimodema III e bandas com uma menor intensidade com ~ 250pb característica de TcII, sugerindo a presença de possíveis populações mistas nesses isolados. A amplificação por PCR do gene do RNA ribossomal (24Sα) através dos iniciadores D71 e D72 resultou em fragmentos de 125pb características da linhagem TcII para todos os isolados estudados. O clone F30 foi utilizado como um marcador de caracterização de T. cruzi I e T. cruzi II, através dos iniciadores F30 F e F30 R utilizando um protocolo simples que envolve amplificação, digestão e análise em gel de agarose, demonstrando através da digestão com as enzimas RsaI e MspI um padrão mais característico com o perfil TcII e/ou Z3. A amostra SMM1 não amplificou fragmentos para o clone F30. Para verificar possíveis híbridos entre as cepas analisadas foi feito PCR baseado em uma análise de polimorfismos no gene MSH2, utilizando-se os iniciadores tmuts 30 e tmuts 41. Os produtos de digestão com a enzima de restrição HhaI (Haemophilus haemolyticus), resultaram em fragmentos de 173pb, 207pb e 294pb para cada isolado, o que indica um padrão característico para a linhagem Tc II, demonstrando então, que não há híbridos entre nossos isolados. Estes resultados evidenciam a diversidade de parasitos que infectam espécimes de T. vitticeps, enfatizando o hábito silvestre desta espécie e a complexidade epidemiológica da região estudada que apresenta possíveis populações mistas. Nossos resultados corroboram ainda, com outras descrições da literatura e contribuem para o conhecimento e registros de alguns perfis adicionais de isolados silvestres de T. cruzi em regiões ainda não afetadas por esta doença.