Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Marcio Borges Pinto
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Orientador(a): |
Queiroz, Margareth Maria de Carvalho
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Banca de defesa: |
d’Almeida, José Mario,
Nunes, Antonio José Mayhé,
Mallet, Jacenir dos Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10890
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Resumo: |
O controle da doença de Chagas depende de ações eficazes contra os vetores, dentre os quais se encontram insetos hematófagos como o barbeiro Rhodnius nasutus. O controle químico tem sido amplamente utilizado, mas gera riscos ao ambiente e pode ser tóxico para outros animais. Sendo assim, faz-se necessária a busca de métodos alternativos, como substâncias naturais extraídas de plantas. Este trabalho teve como objetivo verificar os efeitos dos biflavonoide (Lophirona B) extraído de Luxemburgia nobilis (Eichl) (Ochnaceae) e do óleo essencial de Myrciaria floribunda Berg. (Myrtaceae) sobre o desenvolvimento de R. nasutus. Com o intuito de avaliar o efeito destas substâncias, utilizaram-se como parâmetros o período de desenvolvimento de ninfa de 5° estádio a adulto, longevidade do adulto e alterações morfológicas. Além disso, buscou-se determinar a toxicidade, a atividade repelente e inibidora da alimentação. Para isso, foi aplicada biflavonoide e óleo essencial topicamente na parte ventral das ninfas, nas concentrações de 10, 25 e 50%, e 137,5 (1μL) e 275μg (2μL), respectivamente. Foram utilizados triatomíneos da espécie R. nasutus de ninfa de 5º estádio criados em laboratório (F5). Estes insetos foram separados em grupos teste e controle, contendo 90 indivíduos por grupo (30 indivíduos por repetição) para o teste com biflavonoide (Lophirona B) e 30 indivíduos por grupo (10 indivíduos por repetição) para o teste com o óleo essencial. Após a aplicação da substância, as ninfas foram individualizados e acondicionados em tubos de ensaio recoberto por tecido náilon preso por um elástico e contendo uma tira de papel de filtro no seu interior, a qual serviu de suporte para a movimentação do inseto. As ninfas foram pesadas individualmente em balança analítica, antes e após a aplicação da substância em intervalos de 24, 48 e 72 horas. Após a primeira semana, as ninfas foram pesadas antes e após a alimentação in vivo, realizadas semanalmente e com duração média de 30 minutos cada. Foram alimentados em camundongos (Mus musculus) em aparato artificial, confeccionado em isopor, apresentando em sua superfície basal uma concavidade na qual o camundongo era inserido, e na apical encontravam-se cinco orifícios onde eram inseridos os tubos de ensaio contendo os triatomíneos. As observações foram realizadas a cada dois dias, onde eram analisados o número de ecdises e a mortalidade dos insetos. A partir das observações realizadas, concluise que a Lophirona B e o óleo essencial apresentaram um decréscimo na quantidade de sangue ingerido e no período de desenvolvimento de ninfa de 5° estádio a adulto de acordo com o aumento da concentração. Na perda de peso, a Lophirona B (18,3, 19,8 e 8,4, respectivamente 10, 25 e 50%) e o óleo essencial (6,6 e 23,1, respectivamente, MF1 e MF2) apresentaram uma maior perda de peso de acordo com que a concentração aumentava. Já na longevidade dos adultos as substâncias demonstraram resultados inversos, onde a Lophirona B (25,4, 25,2 e 24,7, respectivamente, 10, 25 e 50%) e o óleo essencial (19,6 e 19 dias, respectivamente, MF1 e MF2) sendo aproximadamente a metade do grupo controle puro. Na mortalidade das ninfas a Lophirona B apresentou 35, 44, 60% (10, 25 e 50%, respectivamente) das ninfas do grupo teste e o óleo essencial 57 e 83% (MF1 e MF2, respectivamente) das ninfas em menos de 60 segundos. Apenas a Lophirona B causou deformidade e em 34, 48 e 67% (10, 25 e 50%, respectivamente) dos adultos. |