Racismo ambiental e a atuação dos educadores indígenas e não indígenas: diálogos e percepções da territorialidade Guarani
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/19961 |
Resumo: | A tese investigou o racismo ambiental a partir de experiências e vivências com os Guarani Mbya, das educadoras e educadores não indígenas, segundo o olhar particular da percepção da territorialidade Guarani. Refletiu-se sobre a cosmovisão Guarani e o seu caminhar no mundo na luta por sua resistência de suas práticas, a fim de pleitear seus direitos, para o encaminhamento por justiça ambiental. Foi evidenciado que a luta pelos direitos civis e, sobretudo, a luta pela terra, torna-se significativa para além do tekoá Guarani. Nesse sentido, o objetivo geral foi investigar as perspectivas do racismo ambiental na atuação dos educadores indígenas e não indígenas. A tese, de natureza básica, utiliza a abordagem qualitativa. Quanto aos objetivos, trata-se de uma pesquisa crítico-dialética. Como procedimentos, optei pela o estudo de caso, a análise bibliográfica, entrevistas individuais semiestruturadas e elementos da análise do discurso. Como sujeitos de pesquisa, elegi duas educadoras Guarani Mbya e dois educadores não Guarani. Evidencio que, para a análise das narrativas dos(as) participantes, utilizei elementos da análise do discurso, amparado em Tommasino (2001), Scanavaca (2020), Ladeira (1994), Brandão (1990), Meliá (1999), Benites (2018) e Bullard (2005). O atual modelo tecnológico delineado na exploração para atender o crescente consumismo a partir das alterações do meio ambiente conduziu a um processo no qual teve como meta principal a lucratividade a desigualdade e um círculo vicioso da obsolescência programada de tudo que é produzido. A apropriação dos bens naturais refletiu em um padrão no qual a produção tem encaminhado a grandes abismos sociais, caracterizando, sobremaneira, uma grande injustiça ambiental, desumanização e, sobretudo, evidenciou a centralidade do olhar eurocêntrico direcionado aos povos originários, no caso aqui, os Guarani Mbya. |