As cicatrizes do tempo: S. Bernardo e Dias e noites de amor e guerra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Bethânia Lima
Orientador(a): Falleiros, Marcos Falchero
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22363
Resumo: O trabalho As cicatrizes do tempo: S. Bernardo e Dias e noites de amor e de guerra propõe-se a analisar de forma comparativa os livros São Bernardo (1934), de Graciliano Ramos (1892-1953) e Dias e noites de amor e de guerra (1978), de Eduardo Galeano (1940-2015). Através dessas obras específicas, memórias e histórias que refletem os modos de perceber a vivência de um mundo demonstram que a América Latina parece estar passando por uma mesma experiência literária, ao longo do século XX. O reflexo da obra de Graciliano Ramos, em muitos aspectos, parece ser o mesmo que sobressai da obra de Galeano nas histórias que conta através de seu jornalismo literário e memorialista. A história sofrida que aparece contada nos livros também está na memória do povo. Esse encadear de memória e realidade é o que motiva a comparação entre os livros, uma vez que entre os dois autores ocorre uma relação que ultrapassa as questões relativas à distinção de gênero literário: assim, vemos que, por um lado, a realidade diversificada da América Latina que Eduardo Galeano apresenta em seu livro parece ser o terreno amplo que produz a literatura de Graciliano, como se fosse sua raiz. Por outro lado, na literatura de Graciliano, como produto estético efetivamente anterior ao de Galeano, o pequeno mundo nordestino, fechado por sua rigorosa construção ficcional, ressoa o sentido de uma semente, a partir da qual o autor uruguaio retratará a triste floração da realidade latino-americana. O respaldo teórico vai ser referendado pela literatura comparada, com Tânia Franco Carvalhal, pela estética social e histórica, através das obras de Antonio Candido, pelos aspectos memorialísticos ressaltados pelas marcas do tempo em Ecléa Bosi, e pelos acontecimentos sociohistóricos apontados por Seligmann-Silva.