Dinâmica geomorfológica e suscetibilidade erosiva na bacia hidrográfica do Rio Barra Nova, região do Seridó, Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Medeiros, Thiago Douglas Silva de
Orientador(a): Vital, Saulo Roberto de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA - CERES
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32735
Resumo: A erosão dos solos pela ação hídrica constitui-se hoje em um problema ambiental que afeta diferentes regiões em todo o globo. O uso desordenado da terra em bacias hidrográficas pode potencializá-lo, desencadeando diversos problemas; a exemplo: deslizamentos, desmoronamentos, assoreamento de reservatórios, entre outros. Assim, é importante realizar análises de implicações nas alterações do uso da terra que venham a gerar sedimentos e perdas de solo. A presente pesquisa objetiva analisar as relações entre o uso da terra e a dinâmica geomorfológica, na Bacia do Rio Barra Nova através de três mecanismos: mapeamento do uso da terra na Bacia do Rio Barra Nova; analisar a dinâmica geomorfológica da região a partir da identificação dos diferentes compartimentos do relevo; e inferir o atual estágio de perdas de solo da Bacia do Rio Barra Nova, a fim de elucidar o nível de suscetibilidade à erosão em toda a bacia. Para tanto foram utilizadas imagens de sensores orbitais para mapeamento do uso da terra e identificação de aspectos geomorfológicos da bacia, além de dados de precipitação e solo. Para a estimativa de perda de solo foi utilizada a Equação Universal de Perdas de Solo (USLE). O mapeamento do uso da terra identificou 11 classes de uso que foram verificadas em campo, destacando-se a classe Pastagem para Animais pelo seu maior predomínio representando 53,15% de área, seguida das classes Caatinga Degradada, Cultivo Temporário Diversificado, Caatinga Arbustiva, Reservatórios Artificiais, Cidades, Uso não Identificado, Caatinga Arbórea, Vilas, Extração de Minerais não Metálicos e Outras áreas Urbanizadas. Também foi realizado o mapeamento geomorfológico até o 4º táxon da metodologia proposta por Ross (1992), identificando 9 modelados em toda a bacia hidrográfica, a qual apresenta índice de dissecação variando entre moderado e muito forte. Quanto à USLE, a bacia mostrou estar em sua maioria classificada com uma estimativa de perda de solo moderada, mas apresentando, se medida por unidades de uso da terra, classificação desde muito baixa até extremamente severa e se medida por modelados, classes de severa a muito severa. Assim, a Bacia Hidrográfica do Rio Barra Nova já demonstra sinais da necessidade de um olhar mais cuidadoso quanto aos usos da terra existentes, para uma melhor gestão de seus recursos naturais e na mitigação da suscetibilidade a erosão, evitando impactos derivados da alta produção de sedimentos. A pesquisa demostra também eficiência na metodologia aplicada tanto para a produção cartográfica quanto para sua verificação, o que permitiu ter mais clareza da realidade do espaço estudado.