Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sabino, Marília Campos |
Orientador(a): |
Silva, José Romerito |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31486
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Resumo: |
Nesta tese, toma-se como objeto de estudo a construção estativa com o verbo ser. Até o momento, grande parte do material disponível e das pesquisas já empreendidas enfatiza, sobretudo, a análise do processo de gramaticalização desse verbo e o classifica, de um ponto de vista apenas morfossintático, como o representante mais geral dos verbos relacionais ou como um verbo auxiliar, semanticamente desbotado e com valor procedural. Entretanto, amostras da construção estativa com o verbo ser no português contemporâneo revelam um processo de variação em seus usos. Nesse sentido, busca-se analisar padrões construcionais (gramaticais e lexicais) instanciados por essa construção na atualidade, considerando sua multiplicidade semântica, aspectos cognitivos e interacionais, bem como a gradiência léxico – gramática. A análise proposta tem natureza quali-quantitativa e se fundamenta na Linguística Funcional Centrada no Uso, que conjuga a tradição funcionalista norte-americana, representada por pesquisadores como Talmy Givón, Paul Hopper, Joan Bybee, Elizabeth Closs-Traugott, com a Linguística Cognitiva, em especial, a corrente vinculada à Gramática de Construções, conforme postulada por Adele Goldberg, William Croft, Jan-Olla Östman, entre outros. Os dados advêm de textos reais extraídos do Corpus Discurso & Gramática – Corpus D&G (VOTRE; OLIVEIRA, 1995, 1996, 1997, 1998; FURTADO DA CUNHA, 1998), em sua modalidade escrita, do Banco Conversacional de Natal – BCN (FURTADO DA CUNHA, 2011) e de canções coletadas na internet. Os resultados obtidos indicam que os padrões da construção em estudo evidenciam um deslizamento semântico que vai, em uma gradiência, de verbo predicador a verbo relacional e a verbo auxiliar, havendo ainda ocorrências em construções das parcialmente especificadas e flexíveis às mais idiossincráticas. Ratifica-se, nesse sentido, a relevância da interface entre os aspectos formais e funcionais na análise dos usos linguísticos. |