A construção de estrutura argumental com verbos de cognição no português brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Costa, Sheyla Patricia Trindade da Silva
Orientador(a): Cunha, Maria Angelica Furtado da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23746
Resumo: Esta tese se debruça especificamente sobre a construção com verbos de cognição, os quais correspondem a um dos subtipos de verbos de processos mentais, ao lado dos que expressam processos de percepção, de afeição e de desejo (HALLIDAY, 1985; HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2004). Os processos mentais de cognição estão relacionados à decisão, à consideração ou à crença, à memória e à compreensão e podem ser expressos por verbos como decidir, considerar, achar, supor, crer, acreditar, confiar, imaginar, lembrar, esquecer, saber, descobrir, entender, conhecer e pensar. O corpus da pesquisa é composto por textos orais e escritos de alunos do ensino médio, extraídos do Corpus Discurso & Gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998). Nosso objetivo geral é investigar a construção com verbos de cognição no português do Brasil. O suporte teórico adotado é o da Linguística Funcional Centrada no Uso, um modelo teórico-metodológico que absorve princípios, processos e categorias integrantes da Linguística Funcional Norte-americana e da Linguística Cognitiva. Os resultados obtidos apresentam dezessete verbos utilizados para expressar catorze valores semânticos relacionados aos processos mentais de cognição. A partir dos dados coletados, procedemos à caracterização morfossintática e semântica dos complementos desses verbos. Também identificamos a construção de estrutura argumental com verbos de cognição no PB e três subesquemas dela derivados, dentre os quais um é instanciado na grande maioria dos construtos e se configura, portanto, como a estrutura prototípica desse tipo de verbo. Constatamos, ainda, semelhanças entre nossos resultados e os de pesquisa empreendida sobre verbos de cognição em espanhol.