A expressão da estrutura argumental dos nomes derivados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Santana, Liliane [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86591
Resumo: Com base num baixo preenchimento argumental nas construções derivadas, este trabalho busca explicações para essa natureza controversa da estrutura argumental das nominalizações mediante análise da relação entre propriedades sintático-semânticas decorrentes da estrutura valencial das nominalizações e a natureza informacional de seus constituintes argumentais. O universo de investigação consiste num corpus constituído por inquéritos de Elocução Formal (EF), Diálogo entre Informante e Documentador (DID) e Diálogos entre Dois Informantes (D2) do Projeto NURC-SP (Castilho & Preti, 1986), e o processamento quantitativo dos dados é feito eletronicamente mediante o uso do pacote estatístico VARBRUL. Os resultados obtidos confirmam o baixo preenchimento argumental da nominalização; entretanto, mostram que o que determina a expressão argumental não é nenhum fator necessariamente formal, mas o estatuto informacional dos referentes envolvidos. Com efeito, caso sirva para introduzir um novo referente no discurso, o argumento respectivo deverá vir expresso; caso a função do nome derivado seja retomar uma informação, os argumentos da predicação input poderão ser expressos ou não, dependendo das condições textuais. Trata-se afinal de formas alternativas de expressão formal motivada por necessidades comunicativas de natureza pragmática. Com relação à expressão argumental, os resultados mostram que os argumentos recebem preferentemente o formato de um sintagma-de, e, havendo dois argumentos para serem expressos, é A2 na forma de sintagma-de que predomina. Uma vez mais, a confirmação desse fato tem um forte correlato pragmático, já que o argumento interno é normalmente dotado de informação nova e o argumento externo, de informação dada.