Intercompreensão de línguas românicas: repercussões no campo educacional potiguar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Ana Catarina de Melo
Orientador(a): Martins, Selma Alas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24182
Resumo: A intercompreensão é uma prática comunicativa secular. Esse processo natural é sistematizado cientificamente nos anos 1990, período a partir do qual a teoria é apresentada entre as abordagens plurais e inserida na Didática do plurilinguismo. No eixo educacional, os projetos plurilíngues ajudam a diversificar o ensino, pois proporcionam a integração das diversas áreas do conhecimento além de promover o respeito entre as línguas-culturas. Nessa perspectiva, como as ações direcionadas à intercompreensão vêm sendo conduzidas no contexto brasileiro e, mais particularmente, no plano norte-rio-grandense? Esta pesquisa tem por objetivo geral identificar que ações já foram realizadas em prol da intercompreensão nos âmbitos nacional e local a fim de focalizar as repercussões iminentes no cenário educativo potiguar. Este estudo de finalidade exploratória e descritiva (GERHARDT e SILVEIRA, 2009), também estruturado em consonância com os novos olhares da Linguística Aplicada (RAJAGOPALAN, 2003 e MOITA LOPES, 2013, 2016), toma como instrumentos o questionário e a entrevista semi-diretiva (QUIVY e CAMPENHOUDT, 1998). Os procedimentos analíticos baseiam-se na análise de conteúdo (BARDIN, 1979), assim como no próprio referencial teórico apresentado, cuja abrangência integra intercompreensão, educação e formação docente: Beacco et al, 2015; Caddéo e Jamet, 2013; Capucho, 2013; De Carlo, 2010; Escudé, 2011; Martins, 2014; Meissner, 2008; Muñoz e Burgos, 2013; Freire, 2011; Saviani, 2009; Gadotti, 2012; Nóvoa, 2009, 2012; Palma Filho, 2010, entre outros. Os sujeitos de pesquisa provêm de três grupos: professores de universidades brasileiras (I); participantes do I Colóquio de Intercompreensão de Natal e alunos da UFRN inscritos na disciplina Intercompreensão de Línguas Românicas (II) e profissionais da Educação Básica atuantes na rede municipal de ensino público (III). Os resultados apontam para a expansão de ações em prol da intercompreensão tanto em ambiente acadêmico quanto em espaço escolar, sobretudo por meio de parcerias entre universidades e Secretarias de Educação. Entre as pesquisas já realizadas ou em curso, percebe-se um contingente significativo de delimitações voltadas à sala de aula. A partir desses resultados, pode-se concluir que este estudo contribui não só para divulgar a intercompreensão como para abrir caminhos a novas investigações acerca do tema. Afinal, os dados apontam para a possibilidade de multiplicar os intercompreendedores norte-rio-grandenses, tomando-se por base as primeiras repercussões já destacáveis no contexto da educação potiguar.