A intercompreensão em Línguas Românicas nas aulas de Espanhol: o que querem e o que podem essas línguas?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Izuibejeres, Maria Carolina Lúgaro
Orientador(a): Martins, Selma Alas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20706
Resumo: Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira orientam para um ensino de línguas que tenha como objetivo a comunicação linguística e intercultural de modo a contribuir com a formação reflexiva dos alunos. Com esse fim foi realizado um Intercâmbio Virtual unindo lugares tão distantes como Córdoba, na Argentina, e Natal no Brasil, entre alunos de Ensino Médio de dois colégios de Córdoba e um de Natal, através da plataforma Moodle e do Facebook. O intercâmbio teve sua origem nas diretrizes da Intercompreensão em Línguas Românicas (IC), no caso entre o português e o espanhol, no qual cada aluno se comunica na sua própria língua e faz um esforço para entender a do outro em um processo colaborativo que transcende os limites do puramente linguístico, fazendo com que o aluno perceba a sua realidade perante a diferença. Este estudo qualitativo de cunho etnográfico busca conhecer em que medida a aplicação de projetos diferenciados aumenta o interesse dos alunos pela língua estudada. Procuramos, também, desenvolver a competência intercultural de nossos jovens e promover o respeito por culturas diferentes. Em se tratando de alunos argentinos e brasileiros, tentamos promover uma reflexão sobre as representações sociais e procurando destruir estereótipos existentes entre as duas sociedades. Como recursos metodológicos, utilizamos entrevistas, questionários e atividades de intercompreensão durante o projeto, além da observação participante das interações entre os alunos de ambos os países. Acreditamos estar contribuindo para a formação integral do aluno como cidadão crítico e reflexivo da sua postura perante o mundo, o que deve ser um dos objetivos da educação formal segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais. Nossa fundamentação teórica baseia-se na Intercompreensão de Línguas Românicas (IC) como didática do plurilinguismo, (JAMET E SPIŢĂ 2010; ARAÚJO E SÁ et al., 2003; CAPUCHO, 2010; ANDRADE et al., 2003), em algumas teorias sobre interculturalidae e identidade (Vallespir, 1999; DUARTE & SANCHES, 2004; REVUZ, 1998; SILVA, 2000; CHAUÍ 2006; SERRANI-INFANTE 1998), de motivação e aprendizagem de L2 (DECI & RYAN, 1985; DÖRNYEI e OTTÓ, 1998; DÖRNYEI, 2000, 2001; 2011) e na Teoria da Aprendizagem Significativa (AUSUBEL, 1968). Nossos resultados mostram um aumento na motivação dos alunos nas aulas de espanhol quando em contato com a língua alvo através de atividades dinâmicas em um contexto de IC. Além disso, percebemos que a reflexão sobre a cultura dos argentinos auxiliou na desconstrução de representações culturais pré- existentes. Palavras-chave: Intercâmbio virtual. Intercompreensão de línguas românicas. Interculturalidade. Motivação. Português. Espanhol.