Diagnóstico fitossanitário participativo: ferramenta para o manejo de pragas da citricultura do Recôncavo Baiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Rodrigues, Lorena Silva Souza lattes
Orientador(a): Silva, Suely Xavier de Brito
Banca de defesa: Fancelli, Marilene, Abreu, Katia Cristina Leão de Magalhães
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Defesa Agropecuária
Departamento: CCAAB - Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://ri.ufrb.edu.br/jspui/handle/prefix/1043
Resumo: A importância da citricultura vai além da geração de divisas para a economia brasileira. O Estado da Bahia ocupa uma posição de destaque na produção de cítricos, é o quarto produtor nacional e o primeiro das regiões Norte e Nordeste. Devido à intensa ocorrência de pragas e doenças nas lavouras, a produtividade da citricultura brasileira é constantemente ameaçada. Supõe-se que a inexistência de uma política pública definida para a citricultura, associada à ausência de um contingente técnico adequado para assistir e apoiar nas estratégias do manejo dos pomares, têm resultado numa constante dificuldade em lidar com as ocorrências fitossanitárias. O presente trabalho foi realizado com os objetivos de promover um diagnóstico fitossanitário participativo com citricultores do território Recôncavo Baiano, delinear o perfil sócio econômico do citricultor e caracterizar a fitossanidade dos pomares. As entrevistas estruturadas foram aplicadas aos citricultores de nove municípios, Sapeaçu, Muritiba, Cruz das Almas, Governador Mangabeira, Cabaceiras do Paraguaçu, São Felipe, Castro Alves, Conceição do Almeida e Santo Antonio de Jesus, no período de setembro a dezembro de 2017. Para a identificação da percepção dos citricultores no reconhecimento das pragas e de sintomas a elas associados, utilizou-se imagens coloridas. Em uma segunda etapa, realizaram-se inspeções visuais em 10% dos pomares, oportunidade para a confirmação, ou não, da ocorrência das pragas elencadas no questionário. O tamanho da amostra levou em consideração as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre área plantada com citros. No total, 255 diagnósticos foram realizados. Aproximadamente 82% dos citricultores entrevistados são agricultores familiares que possuem plantios em áreas com menos de três hectares. Foi observado que o avanço da ocorrência de pragas e sua dispersão, aliado à falta de manejo adequado, tem levado ao abandono dos pomares ou substituição dos citros por outras culturas. Esse quadro pode estar associado à ausência de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), visto que apenas 15% dos citricultores entrevistados relataram receber algum tipo de assistência técnica. Os principais problemas fitossanitários observados foram mosca negra dos citros, ortézia, podridão floral, mancha graxa, falsa ferrugem e clorose variegada dos citros (CVC). Nenhum relato, nem observação de sintomas que se associasse ao Huanglongbing dos Citros. Para a continuidade e manutenção da cadeia produtiva dos citros no Recôncavo da Bahia, há a necessidade de apoio aos citricultores no controle das pragas que já estão presentes e medidas preventivas para evitar a ocorrência de novas pragas.