Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Margarites, Ana Paula Freitas |
Orientador(a): |
Sperotto, Rosária Ilgenfritz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5172
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Resumo: |
A presente dissertação se compõe a partir de uma investigação que buscava acompanhar as interações, nas Redes Sociais da Internet, entre uma professora e seus alunos dos cursos de Bacharelado em Design Gráfico e Digital. O estudo problematiza os processos de produção de subjetividade engendrados nas interações que ocorriam nos Blogs das disciplinas, nos perfis no Facebook e no Twitter. Ao observar-se tais interações, coloca-se a seguinte questão: que sujeitos são estes, alunos e professores, que se formam e se transformam nas interações através das redes sociais da internet? A metodologia deste estudo referencia-se na cartografia, caracterizada não como método de pesquisa com etapas estanques e procedimentos a serem seguidos, mas como um modo de olhar que problematiza os ideais de cientificidade, possibilitando outro modo de abordar os “achados” do estudo. Tal escolha foi feita ao perceber-se que a cartografia permite aproximações diferenciadas do campo e por estar aberta aos movimentos, aos desvios, à diversidade. Considera-se que todos os sujeitos e coletivos humanos, bem como tecnologias, instituições e discursos produzem subjetividades, que nunca são dadas ou “acabadas”, mas sempre um processo. Destaca-se a importância que as redes sociais na internet vem tomando no contexto das relações entre estudantes e professores, já que além dos dispositivos “clássicos” de produção de subjetividade – escola, trabalho, empresa, família etc. – nos confrontamos hoje com outros modos de ser que passam a ser visibilizados em tal contexto. Nas situações observadas na pesquisa, percebe-se que a utilização de tais redes pelos estudantes e professores investigados tem transformado a maneira como estes se relacionam com o tempo e com o espaço, bem como a maneira como compartilham informações, e também a própria noção do que é ser estudante e professor. Ocorre uma reconfiguração das limitações geográficas e temporais, causando então um alargamento do espaço e do tempo de convívio possibilitado pela universidade. Observou-se também que estudantes e professores tendem a utilizar os blogs e outras redes para uma “continuação de conversa”, compartilhando referências que podem tanto se relacionar com questões discutidas em aula quanto com outras disciplinas do curso e interesses do grupo. Sendo assim, ferramentas e pessoas passam a constituir uma rede híbrida: um espaço onde diferentes tipo de conhecimentos, crenças, desejos e atitudes podem associar-se de maneira livre. Entende-se, então, que o espaço viabilizado por estas redes opera não só como extensão da sala de aula, mas possibilita outras aprendizagens e compartilhamentos, deixando aparecerem outros modos de ser estudante e professor. |