Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Margarites, Ana Paula Freitas |
Orientador(a): |
Rodrigues, Carla Gonçalves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9499
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo investigar os processos de produção de subjetividades feministas brasileiras engendrados em sites de redes sociais, particularmente no Facebook. Justifica-se a partir de dois pontos: em primeiro lugar, pela crescente popularização dos debates feministas no Brasil nos últimos anos, em especial nos espaços constituídos pelas redes sociais na internet; em segundo lugar, pela compreensão, a partir da leitura de Guattari, de que é impossível falar sobre qualquer campo de pensamento hoje sem considerar a influência das tecnologias nos processos de produção de subjetividade. Pergunta-se, então, que territórios existenciais emergem como possibilidade neste mar de feminismos brasileiros que povoam o Facebook? Parte-se do referencial das filosofias da diferença, particularmente do trabalho de Deleuze e Guattari, para dar a ver uma cartografia destes territórios. A estratégia para que se ponha tal cartografia em movimento começa pela criação de uma personagem conceitual que varia entre “qualquer mulher” e “uma pirata” que, no deslocamento através do Oceano / Facebook, pirateia elementos para a constituição de um modo de ser. Para o desenho dos mapas que disparam a escrita, foram acompanhadas, mês a mês durante a lua cheia, páginas feministas brasileiras do Facebook sugeridas pelo algoritmo da plataforma. A partir dos signos emitidos pelas publicações feitas nestas páginas, foi desenhado um conjunto de nove mapas extensivos. Este conjunto foi então superposto e processado através de um software-pirata, dando a ver seis mapas intensivos, seis territórios existenciais, que qualquer mulher chama de Marés. A seguir, as marés são visitadas, e as impressões de qualquer mulher são registradas em relatos de viagem. Os territórios existenciais visitados dizem respeito ao humor feminista; aos debates em torno da representação e da representatividade; à violência de gênero; às lutas do feminismo negro; às relações entre feminismo, ecologia e capitalismo; e, por fim, ao conceito de feminismo, seus limites e suas disputas. A partir desta expedição, afirma-se um estilo de ser feminista e professora pirata; alguém que escreve, aprende e ensina no Brasil, mas cuja ética da pilhagem possibilita que seu universo de referência (e daquelas que estudam e aprendem com ela) seja expandido pelas redes de onde saqueia elementos para a composição do seu território existencial. |