Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Gomes Júnior, Djalma Alves Magalhães
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Orientador(a): |
Rocinholi, Luciene de Fátima
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Banca de defesa: |
Rocinholi, Luciene de Fátima,
Guedes, Carla Ribeiro,
Bulcão, Irene |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Instituto de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14492
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Resumo: |
A subjetividade é produzida no seio social e institucional de modo imanente, pelos sentidos, na relação com o mundo. Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo geral investigar, através do Método da Cartografia, processos de produção de subjetividade em estudantes de graduação e pós graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com idade a partir de 18 anos. Foram conduzidos 3 grupos, com 6 encontros cada e com duração média de 90 minutos. Devido a pandemia de Covid-19, os encontros aconteceram online via Google Meet. Pedimos que os participantes sugerissem temas que gostariam de compartilhar e sorteamos nos encontros. Solicitamos que produzissem um desenho que expressasse como o tema se relacionava com suas vidas. Abrimos um espaço para escuta, acolhimento e discussões. A organização deste trabalho deu-se em formato de artigos científicos. O primeiro artigo narrou os desafios e apostas para a construção desta cartografia, inicialmente proposta com adolescentes escolares. Com a exigência da realização online por causa da pandemia, encontramos barreiras, como a dificuldade de acessar os adolescentes e ofertar os grupos, a falta de espaço privado, ausência de internet e de dispositivos tecnológicos adequados para a participação nos encontros. No segundo artigo, apresentamos como se deu a construção coletiva do setting online para que os grupos com os universitários acontecessem. Compreendemos que o espaço grupal foi composto pela reunião via Google Meet, mas também pelos espaços individuais de cada participante e tudo que nele estava inserido. A falta de um espaço privativo também foi observada, assim como as dificuldades com os dispositivos tecnológicos e com a internet que mediavam a participação nos encontros. O terceiro artigo narrou os modos de ser universitário no campus presencial. Vimos que os estudantes realizavam longos deslocamentos no percurso casa-universidade, conviviam diariamente com assédio, violência e abusos nas relações com os colegas e professores e precisavam conciliar trabalho com os estudos, contribuindo para um modo-adoecido de viver neste contexto. Por outro lado, a universidade também foi narrada como um espaço que permitia o cuidado de si e de se relacionar socialmente. No quarto artigo, apontamos os modos de viver a vida universitária no período remoto, avaliada pelos participantes como exaustiva e inadequada. Observamos que conciliar as demandas da casa-lar com as demandas da casa-universidade gerava dificuldades nas relações familiares, sociais e com o aprendizado universitário. Com este estudo, evidenciou-se que a vida universitária extrapolava as vivências na sala de aula e que a vida fora-campus impactava diretamente nos modos de ensino-aprendizagem, modulando a vida neste contexto. |