Expansão da esporotricose zoonótica: análise epidemiológica da esporotricose canina e felina na região Sul do Rio Grande do Sul, 2007 – 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Sergiane Baes
Orientador(a): Bruhn, Fábio Raphael Pascoti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7794
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar características clínicas e epidemiológicas da esporotricose canina e felina na região Sul do Rio Grande do Sul, durante o período de 2007 a 2018, assim como analisar a taxa de incidência de esporotricose felina nessa região durante o período de 2013 a 2018 e construir modelos de séries temporais capazes de representar e predizer a incidência da enfermidade nos anos subsequentes na região. Para isso foram utilizados 288 casos de esporotricose felina e 69 casos de esporotricose canina diagnosticados no Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Micologia Veterinária da Universidade Federal de Pelotas durante o período de 2007 a 2018. Foi observado que a enfermidade afetou predominantemente animais de sexo masculino (75,2% e 56,5% em felinos e caninos, respectivamente), sem raça definida (SRD) (94,2% e 53,6% em felinos e caninos, respectivamente), adultos (60,5% e 69,6% em felinos e caninos, respectivamente), que apresentaram tempo de evolução da enfermidade até três meses com lesões ulceradas sendo o sinal clínico predominante. Também foi observado que os casos caninos da enfermidade apresentaram, em sua totalidade, a espécie fúngica Sporothrix brasiliensis como agente etiológico e que, em ambas as espécies animais, a realização de tratamento prévio ao diagnóstico apresentou associação significativa (p < 0,05) com o tempo de evolução mais longo da enfermidade. Com relação aos modelos de séries temporais, foi observado que o modelo ARMA (6,6) incompleto em AR (2, 4, 6) e MA (2, 4), foi considerado o mais adequado, prevendo elevado número de casos para 2019 no Município de Pelotas, enquanto que o modelo matemático suscetível-infectado-suscetível demonstrou que o caráter epidêmico da enfermidade na região, com tendência a crescimento exponencial e previsão de número superior a 10.000 felinos infectados nos próximos 25 anos (2021 – 2044). Esta dissertação é composta por três artigos científicos referente à análise clínico-epidemiológica da esporotricose canina na região Sul do Rio Grande do Sul; avaliação clínicoepidemiológica e de fatores de risco, e análise de série temporal para esporotricose felina no Município de Pelotas/RS; e simulação da dinâmica de transmissão da esporotricose felina no meio urbano através do modelo SIS.