Aspectos clínicos e epidemiológicos da esporotricose felina no município de Vassouras, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Flávia Clare Goulart de lattes
Orientador(a): Fernandes, Julio Israel lattes
Banca de defesa: Fernandes, Julio Israel lattes, Ramadinha, Regina Helena Ruckert lattes, Silva , Marta Fernanda Albuquerque da lattes, Dutra , Ary Elias Aboud lattes, Cirne , Lilian Cristina de Sousa Oliveira Batista lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Cat
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10145
Resumo: subcutânea causada pelo agente etiológico pertencente ao complexo Sporothrix schenckii. Acomete principalmente felinos e com diferentes apresentações clínicas. O município de Vassouras, por meio da vigilância sanitária, tem alertado para o crescente número de casos da doença em felinos e nos seres humanos, mas faltam estudos epidemiológicos direcionados à identificação de locais endêmicos, para nortear as políticas públicas de saúde municipal. Diferentes medicamentos antifúngicos estão disponíveis para o tratamento da doença, sendo o itraconazol o fármaco de eleição. Entretanto, em virtude do aumento no número de casos refratários, especula-se a qualidade do fármaco ou a necessidade de complementação ao tratamento. Os objetivos do estudo foram: (i) estabelecer o perfil epidemiológico da doença em felinos no município de Vassouras; (ii) classificar as lesões clínicas nos felinos diagnosticados; (iii) comparar diferentes protocolos envolvendo o itraconazol e associações no tratamento da esporotricose em felinos. Foram acompanhados 107 felinos do município de Vassouras portadores de esporotricose diagnosticados a partir de citopatologia e cultura fúngica no período de março de 2016 a dezembro de 2018. Através de ficha de avaliação clínica, os principais parâmetros clínicos epidemiológicos foram anotados. A maior prevalência foi em gatos machos, PCB, não castrados, com idade entre 1 a 3 anos, com acesso à rua e ao quintal. A forma respiratória foi a de maior prevalência, com felinos apresentando lesões disseminadas localizadas principalmente na cabeça e extremidade dos membros. O bairro Madruga apresentou maior número de casos em felinos e em humanos. Para avaliação do tratamento, os animais foram divididos em quatro grupos experimentais: Grupo I - gatos tratados com Itraconazol de farmácia humana 100mg/gato, SID, VO; Grupo II - gatos tratados com Itraconazol manipulado 100mg/gato, SID, VO; Grupo III - gatos tratados com Itraconazol de farmácia ou manipulado 100mg/gato associado ao Iodeto de Potássio 5 mg/Kg, ambos SID, VO; Grupo IV - gatos tratados com Itraconazol manipulado 100mg/gato, SID, VO e pomada de Itraconazol 2%. Os animais com a forma cutânea fixa e forma cutânea disseminada têm mais chance de cura, enquanto os que apresentam a forma cutânea disseminada associada à respiratória, mais chance de morte. Não houve diferença estatística entre os protocolos terapêuticos e gatos não tratados apresentaram mais chance de evoluírem para óbito. Conclui-se que a doença possui alta ocorrência em felinos que convivem na mesma área, que o tratamento com o itraconazol, oriundo de diferentes laboratórios foi eficaz na recuperação dos animais, não havendo diferença quando associado ou não ao iodeto de potássio, desde que usados por longos períodos