Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Victória Catharina Dedavid |
Orientador(a): |
Tassinari, Wagner de Souza |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54923
|
Resumo: |
A esporotricose zoonótica é um problema que atinge a população humana e animal no estado do Rio de Janeiro desde 1998, agravado pela alta suscetibilidade dos gatos ao agente Sporothrix sp. e pela rápida disseminação entre esses animais. Porém, ainda faltam medidas estratégicas de controle e prevenção que sejam eficientes em frear a hiperendemia que ocorre no estado. Este trabalho teve como objetivo investigar, no âmbito temporal e espacial, a ocorrência de esporotricose humana e animal na região metropolitana do Rio de Janeiro no período de 2013 a 2020, além de identificar áreas de priorização no combate à doença. A esporotricose zoonótica é uma micose subcutânea, que no Brasil é frequentemente associada a áreas de vulnerabilidade social, já que possuem características que favorecem a transmissão do fungo. Foi realizado um estudo ecológico a partir de 9.552 casos suspeitos de esporotricose humana e 13.469 casos suspeitos de esporotricose animal notificados por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Foram investigadas a distribuição temporal e espacial da esporotricose humana e animal, e proposto um modelo GWNBR (Geographically Weighted Negative Binomial Regression) para avaliar associações locais da esporotricose humana com a esporotricose animal e indicadores socioeconômicos das áreas de residência. Os padrões temporais mostraram-se muito influenciados por ações que favorecem a notificação, principalmente nos animais, evidenciando limitações na vigilância dessa doença. No âmbito espacial, foi possível corroborar a existência do “cinturão da esporotricose”, composto pelos bairros da zona oeste da capital e municípios limítrofes, e constatar sua atual expansão para outras áreas desprivilegiadas da capital (como favelas da zona sul) e para municípios na periferia da região metropolitana, principalmente ao norte e em Maricá. A ocorrência e distribuição espacial da esporotricose humana mostrou-se associada majoritariamente a ambientes de alta proporção de esporotricose animal, renda baixa, urbanizados e pavimentados, com alta densidade de moradores por domicílio e baixa proporção de banheiros atendidos pela rede geral de esgoto. Por fim, foi possível atualizar a situação da esporotricose na região e identificar áreas que deveriam ser priorizadas em um programa de vigilância e controle, de forma a auxiliar gestores públicos no planejamento de ações direcionadas que englobem conceitos de saúde única. |