O ritmo climático e incidência da dengue na cidade de Porto Alegre/RS – uma análise de dezembro de 2014 a abril de 2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Maio, Bianca Marques
Orientador(a): Collischonn, Erika
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4775
Resumo: Estudos recentes têm apontado que o Aedes aegypti está se adaptando a condições climáticas adversas, porém, nas latitudes mais meridionais do Brasil, por enquanto, os casos de dengue autóctone têm um comportamento mais sazonal. Aumentam na condição de tempo mais favorável ao desenvolvimento do vetor (prevalência de temperatura mínima e máxima entre 22°C e 30°C com chuvas regulares, mas intermitentes), normalmente entre dezembro a abril, e diminuem quando fica mais frio e desfavorável ao desenvolvimento do vetor. Além disso, os números totais variam muito de ano para ano e a frequência das ocorrências é variável mesmo ao longo do período mais favorável. Esta variabilidade tem relação com a reintrodução do vírus ou de novos sorotipos do mesmo, com o grau de vigilância sanitária tanto por parte do poder público como da população. Supõe-se que também possa haver uma relação com a variabilidade climática anual e com a maior ou menor participação de um ou outro sistema atmosférico e com os tipos de tempo que deles resultam. Assim, esse trabalho trata da averiguação de variabilidade climática anual e mensal para o período do ano mais propício a proliferação de doenças virais transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, em Porto Alegre/RS, nos anos 2014/2015 e 2015/2016, bem como, do resultado da análise dos tipos de tempo que se sucederam nestes meses. Para os recortes temporais definidos, dados meteorológicos mensais foram comparados às normais climatológicas e relacionados às anomalias do El Niño-Oscilação Sul.Além disso, dados diários dos elementos climáticos, bem como de cartas sinóticas foram utilizados para definir a atuação dos sistemas atmosféricos e tipos de tempo. Esse trabalho também apresenta o processo de classificação do potencial climático de proliferação do mosquito Aedes aegypti para Porto Alegre/RS, utilizando o método SACDENGUE e os seus resultados por semana epidemiológica. Estes dados são confrontados com os casos confirmados de dengue registrados pela Vigilância Sanitária de Porto. Como resultado, constatou-se diferenças claras entre o verão 2014/2015 e o verão 2015/2016 nas médias e totais mensais, nas anomalias globais e, ainda, na participação dos sistemas atmosféricos e tipos de tempo, o que pode ter corroborado para a diferencial ocorrência de dengue de um ano para o outro.