Biografemário de um aprender: "Escrileituras em meio à vida"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Schwantz, Josimara Wikboldt
Orientador(a): Rodrigues, Carla Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/2912
Resumo: Esta dissertação ocupa-se da passagem do vivido pelas escrituras. Torna-se relevante por pensar em estratégias de enfrentamento dos problemas vivenciados no campo da educação no que tange à expansão das práticas de leitura e de escrita na escola. Em relação à base teórica, opera estudos sobre o aprender na perspectiva filosófica deleuziana (DELEUZE, 1988; 2003). Tem por objetivo cartografar as transformações subjetivas dispostas na relação de um aprender. Acompanha os processos de uma professora enquanto leitora e escritora, atendo-se aos modos como vêm sendo concretizadas intervenções nas escolas a partir do desenvolvimento de Oficinas de Escrileituras, mais especificamente, a Oficina Filodança realizada em uma turma de 3º ano do ensino fundamental em uma escola pública da cidade de Pelotas/RS. O campo problemático de pesquisa apresenta a seguinte questão: Como são realizados os processos do aprender de uma professora e dos estudantes junto às Oficinas, que utilizam a Arte, a Filosofia e a Ciência para o desenvolvimento da leitura e da escritura? Assim, agencia o Projeto Escrileituras (CORAZZA, 2011a) ao biografemário [composição de biografemas inspirada em Barthes (2003)], ambos apostando na direção poética a partir do texto que é construído, invadindo a história de uma vida, criando e recriando mundos. A metodologia cartográfica atualiza a investigação ao se lançar na experiência acerca do saber que emerge, na abertura e na construção de um território em educação (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2012). Como resultado, é possível afirmar que um aprender se constitui na decifração dos signos, no tempo de escuta ao próprio corpo, no ato de criar verdadeiros problemas que deem o que pensar e o que escrever. Há uma transformação na aprendizagem durante a composição de trajetos de vida e de pesquisa apresentada por uma professora-que-aprende em seu biografemário, demonstrando a possibilidade de um aprender em Escrileituras, na invenção de um estilo pela linguagem, potencializado pelo investimento literário, filosófico e científico realizado.