Efeito antidiabético das frações hexânica e clorofómica do extrato etanólico bruto das folhas de Morus nigra em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Dionísio Henrique Amaral da
Orientador(a): LIRA, Eduardo Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33079
Resumo: O diabetes mellitus (DM) é um dos principais distúrbios metabólicos que afeta, atualmente, 415 milhões de pessoas no mundo. A progressão do DM é complexa e envolve diferentes fatores, como a inflamação e o intenso estresse oxidativo, que estão diretamente associados ao aumento das comorbidades diabéticas e alta mortalidade dos pacientes. Infelizmente, a terapia farmacológica atualmente empregada é limitada por seus efeitos adversos e sua ineficiência na prevenção das complicações do DM, o que tem motivado o desenvolvimento de novos agentes hipoglicemiantes. Neste sentido, esta proposta busca avaliar o efeito antidiabético, hipolipemiante e antioxidante in vivo da fração hexânica (Hex-Mn) e clorofórmica (Clo-Mn) do extrato das folhas de Morus nigra L. Para isso o DM foi induzido por estreptozotocina (STZ, 40mg/kg, i.v.) em ratos Wistar machos com 200±20g de peso. Os animais diabéticos e diabéticos tratados (400mg/Kg, v.o) com Hex-Mn e Clo-Mn, bem como os animais controle e diabéticos tratados com insulina (3U/d), foram mantidos em gaiola metabólica por 21 dias. A glicemia pós-prandial foi monitorada nos dias 0, 7, 14, e 21º dias de tratamento e o peso, quantidade de urina e ingesta alimentar e hídrica foram mensurados diariamente. Ao término do experimento, os animais foram anestesiados e eutanasiados para coleta de soro e tecidos para mensuração do perfil bioquimico, glicogênio hepático e perfil oxidativo. Além disso, a massa dos músculos soleus e extensor digital longo (EDL), tecido adiposo epididimal (EPI) e retroperitoneal (RETRO), tecido hepático e cardíaco foram determinados. Um outro grupo de animais foi utilizado para avaliar a tolerância à insulina e realizar os testes de tolerância oral à glicose (OGTT), à sacarose (OSucTT) e ao amido (OSTT). Valores significativos foram assumidos quando p<0,05. O tratamento com a Hex-Mn reduziu a glicemia pós-prandial e de jejum, e apresentou efeito antidiabético. A Clo-Mn preveniu o agravamento do quadro hiperglicêmico, sem efeitos de redução na hiperglicemia. Ambas as frações apresentaram efeito sobre redução de triglicérides e preservação de tecido adiposo, além de melhorar ALT e ALP que permite inferir um efeito hepatoprotetor. O grupo tratado com a Hex-Mn melhorou o ganho ponderal, o que foi acompanhado da preservação dos tecidos adiposos e muscular. O tratamento com a Hex-Mn retardou o pico glicêmico no OGTT, apresentando efeito nas áreas sob a curva do OGTT, OSucTT e OSTT, o que sugere que Hex-Mn atua reduzindo digestão e absorção de carboidratos. Houve melhora nos níveis hepáticos de glicogênio e na tolerância à insulina nos animais tratados com a Hex-Mn o que ao somado ao maior ganho ponderal no grupo tratado com a Hex-Mn sugere um efeito de maior sensibilidade periférica à insulina. Houve redução da produção de malondialdeído, mostrando efeito antioxidante.