Efeitos do extrato etanólico das folhas de cagaiteira (eugenia dysenterica dc.) em camundongos diabéticos induzidos por estreptozotocina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santana, Lidiani Figueiredo
Orientador(a): Gielow, Karine de Cássia Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2814
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo avaliar os efeitos do extrato etanólico das folhas de cagaiteira em camundongos diabéticos induzidos por estreptozotocina (STZ). As folhas foram coletadas em duas localidades do município de Campo Grande – MS. Para a obtenção do extrato etanólico, a amostra foi acondicionada para extração com solução aquosa de etanol na proporção de 1:3 (m.m-1) folha:solução de etanol. O ensaio de atividade antioxidante por β-caroteno/ácido linoleico foi realizado através da inibição da peroxidação lipídica e também foi realizada a quantificação de fenóis, e análise fitoquímica. Para o teste de toxicidade foram utilizados ratos Wistar, fêmeas distribuídas em 2 grupos (n=5): controle que recebeu salina (1mL/Kg), e grupo tratado com extrato etanólico das folhas da cagaita na dose de 2000mg/kg. Os animais foram deixados em jejum por 4 horas. Em seguida administrado (gavagem) salina ou extrato, e observado seu comportamento aos 30, 60, 120, 240 e 360 minutos após a administração por meio do “screnning” hipocrático. Para o modelo de diabetes foram utilizados camundongos Swiss, machos (6 semanas). A indução foi realizada através de injeção i.p. de STZ (150mg/kg). Após 7 dias, confirmado o diabetes (glicemia de jejum > 250 mg/dL), os animais foram distribuídos nos grupos experimentais: controle normal tratado com salina (CTL SAL), controle diabético tratado com salina (STZ SAL), controle diabético tratado com metformina (500mg/kg) (STZ MET), e os demais tratados com extrato etanólico nas doses 25, 50, 100 mg/kg de peso do animal (gavagem) por 21 dias. Foram avaliados a glicemia, consumo alimentar e hídrico semanalmente; ao final foi realizado a eutanásia por exsanguinação, coletado sangue para análises bioquímicas, e o pâncreas e fígado para análise histológica. Dentre os resultados obtidos, a atividade antioxidante β-caroteno/ácido linoleico, com o Radical Livre, flavonoides totais e os fenóis totais, apresentaram os valores aproximados de: 113, 107, 147 e 204, respectivamente; e na análise fitoquímica identificou quercetina e ácido gálico. Em relação ao teste de toxicidade aguda e “Screening” Hipocrático o extrato não causou nenhuma alteração nos parâmetros comportamentais analisados em relação aos animais tratados com salina. No modelo de diabetes, observou-se que na ingestão alimentar, os grupos EEC 50 e EEC 100 apresentou valor semelhante ao STZ MET, diferindo estatisticamente dos demais grupos (p<0,001); já com relação à ingestão hídrica, quanto maior a concentração da dose do extrato, menor o consumo (p<0,001). O ganho de peso dos animais dos grupos STZ SAL e EEC 100 apresentou diminuição significativa em relação ao peso dos animais dos grupos CTL SAL, STZ MET, EEC 25 e EEC 50. Não houve melhora na glicemia de jejum nos grupos tratados, bem como no colesterol total; no entanto, o HDL-colesterol dos grupos STZ MET e EEC 25 aumentou quando comparados aos demais (p<0,05). Já o LDL-colesterol reduziu nos grupos STZ MET e EEC 25 (p<0,001). O VLDL esteve aumentado no STZ SAL quando comparados com os demais grupos (p<0,001), o mesmo aconteceu com os triglicérides. Na histologia do fígado os grupos EEC 25 e EEC 50 mantiveram a integralidade do tecido hepático, e a histologia do pâncreas, o grupo EEC 25 apresentaram ácinos pancreáticos típicos com ilhota de Langerhans típica. Conclui-se, nessas condições experimentais, o extrato etanólico das folhas da cagaiteira não influenciou os níveis glicêmicos, no entanto, beneficiou o perfil lipídico com potencial para tratamento de dislipidemias.