Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Schaan, Beatriz D'Agord |
Orientador(a): |
Schmid, Helena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/197732
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Resumo: |
Foi observado em estudos clínicos que no Diabetes Mellitus de longa duração, a neuropatia autonômica avançada associa-se a uma maior prevalência de retinopatia e nefropatia diabéticas. O rato com Diabetes Mellitus induzido por estreptozotocina, por apresentar microalbuminúria e alterações mesangiais que caracterizam a nefropatia diabética foi considerado por nõs um modelo experimental no qual as interações entre os sistemas renal e nervoso autônomo poderiam ser estudadas. Nossa hipótese foi a de que a avaliação da presença e evolução da excreção urinaria de albumlna e da presença ou não de disautonomia cardíovascular e efeito da desnervação rena, neste modelo poderiam caracterizar a existência ou não desta associação. Além disto, tendo em vista que o aumento do e metabolismo da glicose intra-celular na célula mesangial representam evento chave na patogênese da nefropatia diabética, existem sugestões na «teratura de que alterações nos transportadores de glicose (GLUTs) poderiam estar vinculadas à ela. Os objetivos deste estudo foram: 1) Avaliar a função autonômica no Diabetes experimental em fases iniciais e tardias com e sem ,raramente com insulina, estudando as repercussões deste função sobra a excraçâo urinária de albumina; 2) Estudar os efeitos da desnervação renal sobra a excreção urinária de na e expressão dos transportadoras de glicose no rim de ratos normais e com Diabetes experimental. Para tento, no estudo I foi injetada estreptozotocina, 60 mg/kg, pela veia da cauda (grupo D) ou tempão cltrato de sódio (grupo ND) em ratos Wister, o grupo D tendo sido tratado com insulina, e avaliado quanto à presença da neuropatia autonômica cardiovascular 7, 14, 30 e 120 dias após. Nas mesmas datas foram coletadas amostras de urina de 24h e também aos 60 e 90 dias, para medida de diurase. glicose urinária, e determinação da carga excretada de albumina. No estudo II o Diabetes foi induzido da mesma fomta, mas estes animais nâo receberam insulina; foram avaliados do ponto de vista cardlovascular 46 e 90 dias apôs a indução, e as mesmas variáveis descritas acima foram ermmadas aos 30, 45, 60 e 90 dias de Diabetes. No estudo III foi realizada Cirurgia de desnervaçâo renal (DR) ou fictícia em animais tomados diabéticos 30 antes e num grupo ND, constituindo-se os grupos D-DR, D, ND-DR e ND. As naveis descntas nos estudos I e li foram determinadas antes e após 15 dias do dimenlo cirúrgico, ocasião em que os animais foram sacrificados para a quantificação dos GLUTs , e 2 nos rins. Para conãrmar a desnervaçâo, em alguns nns foi realizada a dosagem de norepinefrina. Os resuãados do estudo I demonstraram que ratos diabéticos tratados com insulina apresentam, 7 a 120 dias streptozotocma, aumento da vartabilidade da freqüência cardíaca e menor anabilidade da pressão arterial, as quais se relacionam ao grau de j descompensação metabOlica. Nestas condições, nâo foram evidenciados déficits i autonômicos, porém já observou-se aumento da excreção urinária de albumina no Os resultados do estudo II demonstraram que, após 45 a 90 dias de Diabetes experimentai, sem tratamento com insulina, havia menor .ônus vaga, menor efeito simpático e menor variabi,idade da freqüência cardíaca no dominio do 'empo, alterações provavelmente secundárias á disfunção do sistema nervoso í autônomo determinadas pelo Diabetes. Um aumento da carga excretada de albumina também foi observado no estudo II em relação ao I, provavelmente P que os animais, por terem recebido insulina, estavam em melhores condições metabOlicas. O estudo III demonstrou que a desnereaçâo renal determinou ento da excreção unnána de glicose e da proteína GLUT 1 no córtex renal e diminuição da proteína GLUT 2 na mesma região, O Diabetes determinou aumento das proteínas GLUT 2 e GLUT 1 no córtex renal, a primeira alteração favorecendo a reabsorçâo proxlmal de glicose e a segunda podendo levar a aumento na concentração intra-celular de glicose em células mesangials. No entanto, a desnenração renal em ratos diabéticos detemtinou diminuição da proteína GLUT 1 no cortex renal, o qual, se acompanhado de diminuição dos níveis de glicose nas Células mesangials, tenderia a reverter os danos causados pelo Diabetes no glomérulo. Concluímos que: 1, o Diabetes induzido por estreptozotocina determinou maior carga excretada de albumina logo nos pnmeiros dias apôs a indução, o que aumentou durante a evolução; 2) Evidências de disfunçâo autonômica podem ser Observadas com 45 a 90 d,as de Diabetes expenmental; 3) O .retamente com insulina pretsne a piora da função autonômica no Diabetes expenmental; 4) Embora ação simpática renal e o Diabetes determinem aumento da proteína GLUT 1 no cértex renal, o eferto da desnervaçâo rena, no Diabetes é de reduzir a proteína GLUT 1 nesta região, não havendo efeitos da menor estimulaçâo simpática sobre a excreção unnána de albumina. Os resultados sugerem que uma Ção do tonus simpático renal não determina progressão da disfunçâo renal no Diabetes experimental. |