Avaliação da toxicidade oral aguda e de doses repetidas por 28 dias do composto à base de vanádio (Me4N)6[V15O36Cl] – V15 – em camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BARBOSA, Mariana de Melo
Orientador(a): LIRA, Eduardo Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46076
Resumo: As atividades antidiabética, antibacteriana, antifúngica, anticâncer, antiparasitária, cardio e neuroprotetora do vanádio (V) têm sido extensamente documentadas. Entretanto, a toxicidade dos compostos limita o uso terapêutico. Neste sentido, a síntese de novos compostos de V que preservem os efeitos terapêuticos com redução da toxicidade é importante para o desenvolvimento de novas terapias farmacológicas para o combate a doenças de alta prevalência, como o diabetes e o câncer. O objetivo deste trabalho foi avaliar a toxidade oral aguda e de doses repetidas por 28 dias, de um novo composto a base de vanádio, o (Me4N)6[V15O36Cl] ou V15 em camundongos. Camundongos Swiss fêmeas, entre 06 e 09 semanas de vida, massa corporal (30 ± 3g), foram utilizados para avaliação da toxidade oral aguda. Os animais foram divididos em grupo controle (C, n=3) tratado com salina 0.9% (1ml/100g), tratados com dose única oral de 50mg/kg de V15 (V1550, n=3), tratados com dose única oral de 300mg/kg de V15 (V15300, n=3) e dose única oral de 2000mg/kg de V15 (V152.000, n=3). A massa corporal, o consumo hídrico e alimentar foram quantificados diariamente durante 14 dias. Ao término deste experimento, os animais foram eutanasiados para coleta sanguínea para análise do perfil bioquímico e quantificação do peso dos órgãos. Camundongos Swiss fêmeas (n=5 por grupo) e machos (n=5 por grupo), entre 06 e 09 semanas de vida, massa corporal (30 ± 3g) foram utilizados para avaliação da toxidade oral de doses repetidas por 28 dias. Os animais foram distribuídos em grupo controle (C, n=10) tratado somente com salina 0.9%, (1ml/100g), por via oral, por gavagem, diariamente. E tratados diariamente com V15, nas doses de 25mg/kg (V1525, n=10), 50mg/kg (V1550, n=10) e 300mg/kg (V15300, n=10), por via oral, por gavagem, dissolvida em salina 0,9% (1ml/100g). A massa corporal, o consumo hídrico e alimentar foram quantificados diariamente por 28 dias. Ao término deste experimento, os animais foram eutanasiados para coleta e quantificação do peso de órgãos e tecidos, coleta de sangue para dosagem de parâmetros hepáticos e renais, perfil bioquímico e hematológico. A cada 7 dias, a temperatura retal e a glicemia pós-prandial foram monitoradas. Amostras de tecido hepático e renal foram coletados e armazenadas em formalina para análise histopatológica. Os dados foram analisados por análise de variância de uma via. Os ensaios de toxidade oral aguda, não indicaram alterações comportamentais ou toxicidade nos animais nas doses avaliadas. Na toxidade oral de doses repetidas por 28 dias, o V15 provocou, transitoriamente, alterações na massa corporal, ingestão hídrica e alimentar. A exposição ao V15 provocou alterações estruturais a nível hepático e renal, também levou a alterações nos parâmetros bioquímicos com elevação de ALT (48,1% p≤0,05) e (115% p≤0,05) nos grupos de machos e fêmeas tratados com a dose de 50mg/kg. Ademais, o V15 induziu mortalidade e sinais de toxidade em todas as doses administradas no estudo de toxicidade por doses repetidas por 28 dias. Em conclusão, o composto a base de vanádio -V15, apesar de agudamente parecer ser tolerável para o animal, no estudo de doses repetidas, mostrou-se tóxico. Em doses ≥25mg/kg foram observados efeitos colaterais, mortalidade e prejuízos à função hepática nos animais em decorrência ao tratamento.