Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Fernanda Dias da |
Orientador(a): |
Castro, Liane de,
Costa, Marli Jane Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25121
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Resumo: |
Em 2010, o tratamento da tuberculose em adultos e adolescentes foi modificado pelo Ministério da Saúde. Até então, era utilizado o esquema RHZ, (rifampicina (600 mg), isoniazida (400 mg) e pirazinamida (2000 mg), sendo 2 meses de RHZ seguido de mais 4 meses de RH. Essa modificação no cenário de tratamento com a inclusão de um quarto componente (etambutol) na fase intensiva e com a introdução de uma nova apresentação farmacêutica em dose fixa combinada 4 em 1 (4DFC) é inédita no país. A nova formulação é composta por rifampicina (600 mg), isoniazida (300 mg), pirazinamida (1500 mg) e etambutol (1200 mg). O novo esquema básico é constituído pelo primeiro período de 2 meses com administração do 4 DFC e mais 4 meses de RH Apesar da eficácia do medicamento 4DFC já ter sido estabelecida por estudos clínicos em outros países, é necessário descrever as reações adversas a esse medicamento na população brasileira. Reações adversas a medicamentos (RAM) representam um conjunto de efeitos nocivos atribuídos aos tratamentos medicamentosos, cuja ocorrência depende da susceptibilidade de cada indivíduo e população. Considerando-se esses aspectos, o presente estudo descreve os eventos adversos (EA) observados durante o tratamento com esquema básico 4DFC em pacientes com tuberculose.e classifica esses EA como RAM pelo método de Naranjo. Este foi um estudo decritivo, retrospectivo com 83 pacientes ambulatoriais tratados para tuberculose no Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC) na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rio de Janeiro, Brasil Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais dos pacientes foram obtidos a partir dos prontuários clínicos. A média de idade foi de 40,12 anos, 60,24% da população era composta por homens; 54,22% de pacientes se auto declararam de cor branca. A maioria dos pacientes apresentou a forma pulmonar da doença (74,7%) e apenas 13,25% eram coinfectados com o Virus da Imunodeficiência Humana (HIV). A prevalência de infecção pelo Virus da Hepatite C (HCV) foi de 6,02% enquanto a infecção pelo Virus da Hepatite B (HBV) estava presente em 1,2%. A prevalência de tabagismo e etilismo foi de 28,92% e 16,87%, respectivamente. Nesta população, 86,75% dos indivíduos apresentram pelo menos um EA. Foram obsevados 137 EA, desses 85,4% foram classificados como RAM. O evento adverso mais frequente foi hiperurecemia (35%), seguido de dor abdominal (8,8%), náusea (8,8%) e prurido (8,8%). A ocorrência de EA foi estatisticamente associada com a fase intensiva do tratamento, durante a administração do medicamento 4DFC |