Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Madelon Novato |
Orientador(a): |
Rosalino, Cláudia Maria Valete,
Guaraldo, Lusiele |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48558
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Resumo: |
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda tratar os pacientes com leishmaniose cutânea (LC) com antimoniato de meglumina (AM) na dose de 10-20 mg Sb5+/kg/dia durante 20 dias, com o limite máximo de três ampolas diárias. Objetivo: Avaliar as reações adversas a medicamentos (RAM) aos diferentes esquemas de tratamento com AM em pacientes com LC atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI). Método e Resultados: Artigo 1: Ensaio clínico controlado, randomizado, cego e de não-inferioridade comparando altas doses (20 mg Sb5+/kg/dia) com baixas doses (5 mg Sb5+/kg/dia) de AM em 72 pacientes com LC. De todos os indivíduos, 97,2% apresentaram pelo menos uma RAM. Foram observados um maior número de RAM e de maior gravidade no grupo de alta dose. Artigo 2: Comparação da probabilidade de associação das RAM, nos 72 participantes com LC estudados no artigo 1, avaliadas pelo julgamento de especialistas e algoritmo de Naranjo. A avaliação da concordância entre as classificações de causalidade foi feita pelo cálculo do coeficiente de concordância de Kappa ponderado. A concordância entre as duas avaliações foi considerada \201Cregular\201D para RAM com dose alta e \201Cdiscreta\201D para dose baixa. A categoria \201Cprovável\201D foi a mais observada para ambos os métodos de avaliação. A maioria das reações classificadas como duvidosas pelo julgamento de especialistas do ensaio clínico, foi considerada como \201Cprovável\201D ou \201Cpossível\201D pelo algoritmo de Naranjo. Artigo 3: Comparação das RAM a três diferentes esquemas de tratamento para LC com AM. Coorte com 36 participantes tratados com dose padrão, 36 com dose baixa e 36 com AM por via intralesional (IL). As RAM foram classificadas segundo o sistema-órgão afetado, a gravidade, e a probabilidade de associação com o AM pelo Algoritmo de Naranjo. O tratamento padrão foi associado a um maior número de RAM e de maior gravidade que os alternativos com dose baixa via IM ou por via IL. Os diferentes esquemas de tratamento afetaram principalmente: sistema gastrointestinal, sistema muscular-esquelético, e estado geral. Artralgia, cefaleia, mialgia, toxicidade coclear e hiperlipasemia foram as RAM mais frequentes. No tratamento padrão observou-se uma maior frequência de alterações do sistema de metabolismo e nutrição e no tratamento IL observou-se uma maior frequência de reações locais. A análise pelo Algoritmo de Naranjo indicou predomínio de RAM \201Cprováveis\201D em todos os grupos. Conclusões: O algoritmo de Naranjo permitiu um aumento na sensibilidade do diagnóstico das RAM, diminuindo a proporção de RAM \201Cduvidosas\201D, o que sugere sua relevância na análise do perfil de segurança do medicamento. Comparado à dose alta, a baixa dose de AM e o tratamento IL foram associados a uma toxicidade significativamente menor. Considerando a menor toxicidade, embora a alta dose de antimônio por via sistêmica seja o tratamento padrão para o LC, esquemas alternativos com baixa dose IM e, particularmente, o AM IL poderia ser indicado em pacientes com LC que apresentem fatores de risco ou contraindicação para a utilização do AM IM na dose padrão, como idosos e pacientes com comorbidades. |