Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Arlam Dielcio Pontes da |
Orientador(a): |
PESSOA, Cristiane Azevêdo dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32841
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Resumo: |
Nessa pesquisa analisamos, na perspectiva da Educação Matemática Crítica, como professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental colocam em prática atividades de Educação Financeira propostas em livros didáticos de Matemática. Para tanto, dentre as atividades analisadas no estudo de Santos (2017) e classificadas conforme os ambientes de aprendizagem da teoria da Educação Matemática Crítica (SKOVSMOSE, 2014) selecionamos duas: uma com maior potencial para o trabalho com a temática e para criar cenários para investigação e outra com menor potencial. Para a investigação contamos com a colaboração de oito professores do 2º ano do Ensino Fundamental de três escolas municipais da cidade de Garanhuns/PE. Inicialmente os professores foram entrevistados individualmente para identificarmos o perfil, formação acadêmica, formação profissional e conhecimentos prévios sobre o tema. Ao final das entrevistas solicitamos aos professores que eles elaborassem um plano de aula a partir das atividades selecionadas do estudo de Santos (2017). A distribuição das atividades foi controlada de modo que solicitamos a quatro professores que elaborassem um plano de aula a partir da atividade com maior potencial para criar cenários para investigação, sendo que dois receberam o manual do livro e os outros não. Os outros professores elaboraram o plano de aula a partir da atividade com menor potencial, sendo que apenas dois receberam o manual do livro. Identificamos que a maioria dos professores participantes da pesquisa apresenta escasso conhecimento sobre o que é Educação Financeira, reduzindo o seu significado, sobretudo ao trabalho com o sistema monetário. Eles também não costumam fazer uso do manual do livro didático em suas práticas docentes cotidianas, não sendo observadas diferenças nos seus planos de aulas em relação ao uso desse recurso. Nos planos de aula elaborados pelos docentes foi possível identificar evidências de abordagens voltadas à criação de cenários para investigação. Por exemplo, em algumas práticas de sala de aula observadas, os docentes utilizaram abordagens e criaram situações dialógicas que colocaram em risco suas zonas de conforto. Movimentar-se mais vezes pela zona de risco, conforme sugere Skovsmose (2014), é crucial para criar possibilidades de gerar cenários para investigação. Concluímos ser possível criar cenários para investigação em aulas de Educação Financeira, mesmo que os professores tenham pouco conhecimento sobre o tema. Contudo, reforçamos a necessidade de serem desenvolvidas ações de formação continuada nessa área. |