O uso da calculadora em livros didáticos dos anos finais do ensino fundamental: análise à luz da educação matemática crítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LUNA, Luan Costa de
Orientador(a): CARVALHO, Liliane Maria Teixeira Lima de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33778
Resumo: Calculadora consiste em recurso tecnológico que possibilita a exploração de conceitos matemáticos, argumentação e criticidade. Defendemos que seu uso em sala de aula precisa estar distribuído com outros recursos que intervém no processo de ensino e aprendizagem, como por exemplo, atividades em livros didáticos. Assim, analisamos, à luz dos ambientes de aprendizagem da Educação Matemática Crítica, atividades com calculadora em todas as coleções de livros didáticos dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático 2017. Identificamos um total de 1359 atividades com calculadora, as quais não estão distribuídas equitativa e gradativamente entre os volumes dos livros didáticos. Constatamos a predominância de atividades no eixo números e no paradigma do exercício com referência à matemática pura, como também, a ausência dos ambientes de aprendizagem em cenários para investigação, vinculados a uma semirrealidade e a vida real. Detectamos incoerência do que é discutido no manual do professor, com os comentários do Guia do PNLD e as atividades encontradas nos livros didáticos. Assim, destacamos que, embora as coleções analisadas apresentem possibilidades de uso da calculadora, ainda se faz necessário que os manuais do professor estabeleçam uma maior articulação com as atividades sugeridas no livro do estudante, e, sobretudo, que se contenham sugestões de outras atividades para a prática docente. Esses resultados evidenciam limitações para o trabalho didático com a calculadora. No cenário atual, não é suficiente utilizar a calculadora apenas como um recurso de verificação de resultados. É necessário, portanto, que os autores de livros didáticos proponham atividades com calculadoras que atribuam significado ao seu uso, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades e raciocínio crítico dos estudantes.