Educação financeira em livros didáticos de matemática dos anos iniciais do ensino fundamental: quais as atividades sugeridas nos livros dos alunos e as orientações presentes nos manuais dos professores?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, Laís Thalita Bezerra dos
Orientador(a): PESSOA, Cristiane Azevêdo dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Matematica e Tecnologica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25196
Resumo: O presente estudo de dissertação analisou todos os livros didáticos de Matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental aprovados pelo Programa Nacional do Livro didático – PNLD (2016) que orientam o desenvolvimento de um trabalho com a Educação Financeira (EF), totalizando 32 livros para análise. Como objetivo geral pretendeu-se analisar como os manuais dos professores, bem como as atividades propostas nos livros dos alunos, em livros didáticos de Matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2016 abordam a Educação Financeira (EF). Os livros foram analisados à luz dos ambientes de aprendizagem de Skovsmose (2000) e das categorias das temáticas elencadas a partir das atividades propostas nos livros didáticos e das orientações presentes nos manuais dos professores. Como resultados, aponta-se que existem 48 atividades de EF e na maior parte delas (26 atividades) só é possível a identificação como sendo uma atividade de EF a partir do manual, o que ressalta a importância de que este seja bem elaborado e também de que sejam elaboradas mais atividades que, por si só, desenvolvam um trabalho com a EF, de modo que o manual do professor seja, de fato, uma orientação e não o primordial para o desenvolvimento da atividade. Destaca-se que as atividades, em sua maioria, estão dissociadas de conteúdos matemáticos, o que indica a possibilidade de trabalho com a EF a partir de outras disciplinas, não sendo, portanto, tal temática exclusiva da Matemática, mas tendo sim ampla relação com esta disciplina. Ressalta-se ainda que as atividades, em sua maioria, apresentam potencial para cenários para investigação, sendo este um aspecto positivo, mas que precisa ser melhor orientado pelos manuais, uma vez que há situações em que a orientação fornecida, apesar de incentivar a reflexão e a criticidade, o faz de forma superficial, sem muito aprofundamento. Em outros momentos, foram encontradas discussões que de modo mais claro e aprofundado orientavam o trabalho docente, sendo este tipo de proposta que se defende que seja propagada. O professor em sala de aula, pode, tomando como base as atividades propostas, explorar situações reais, que envolvam os alunos e os auxiliem em seu processo crítico e reflexivo de pensar sobre a EF e fazer escolhas conscientes. Defende-se, a partir dos resultados do presente estudo, que a discussão sobre a EF e, consequentemente, as atividades que discutem a temática, ocorram de forma mais sistematizada nos livros didáticos de Matemática dos anos iniciais e não do modo pontual como atualmente é encontrada, de modo que possam, de fato, possibilitar reflexões e possíveis mudanças de comportamento.