Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Alex Maurício Garcia |
Orientador(a): |
ARAÚJO, Paulo Sérgio Ramos de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28400
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A sífilis é causada pela espiroqueta Treponema pallidum, tem transmissão sexual, vertical e transfusional resultando nas formas adquirida ou congênita da doença. Observou-se aumento da infecção a partir dos anos 70, particularmente entre homens que fazem sexo com homens e pessoas vivendo com HIV/AIDS. Atualmente, há cerca de 12 milhões de pessoas infectadas no mundo. Estudos sugerem que a sífilis se manifesta diferentemente em coinfectados HIV/T. pallidum. Contudo, os testes sorológicos e a resposta à terapia não diferem dos não infectados pelo HIV, entretanto a infecção é cofator para a transmissão deste vírus, justificando maior atenção de clínicos e investigadores. O objetivo do trabalho foi avaliar a prevalência de sífilis e fatores associados, como idade, sexo, quantificação de Carga Viral para HIV e Linfócitos T CD4+ entre pessoas vivendo com HIV/AIDS no ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. MÉTODOS: O estudo foi transversal, de caráter descritivo e analítico, com amostra não probabilística, por conveniência, selecionada de janeiro a maio de 2016 e constituída por 973 indivíduos maiores de 18 anos, diagnosticados com HIV. O diagnóstico da sífilis foi realizado com o teste rápido treponêmico (teste qualitativo) e o VDRL (teste quantitativo) no soro. RESULTADOS: Dos 973 pacientes, 179 (18.4%) (95% CI, 16.1 – 20.9% ) foram reagentes para os dois testes, 84.8% dos indivíduos foram do sexo masculino, 50.9% dos pacientes tinham idade entre 36 e 50 anos, 47.8% dos indivíduos tiveram diagnóstico de HIV entre 10 e 20 anos e 40.3% usam terapia antirretroviral entre 10 e 20 anos. Poucos pacientes têm anotações para hepatites, mas ainda assim pode-se perceber que 20 pacientes tem hepatite B e 4 pacientes possuem hepatite C. Entretanto, não há associação entre titulações do VDRL e contagem de linfócitos T CD4+ e Carga Viral para o HIV. CONCLUSÕES: O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) estimou 734.000 pessoas vivendo com HIV em 2014 no Brasil, uma prevalência entre 0.4 e 0.7% da população, sendo a prevalência de sífilis entre elas de 5.3% a 8.8%. Se considerarmos que a titulação VDRL está baixa em fases muito precoces e tardias da doença, o resultado de 18.4% (Intervalo de Confiança de 95% [IC], 16.1 - 20.9%) de prevalência de sífilis em pacientes vivendo com HIV/AIDS está elevada para essa população, tornando urgente a adoção de novas medidas públicas mais eficazes e eficientes no intuito de erradicar essa patologia tão antiga e ainda muito negligenciada. |