Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Nara Raquel Cavalcanti |
Orientador(a): |
QUEIROGA, Bianca Arruda Manchester de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34313
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Resumo: |
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração no neurodesenvolvimento, de causa multifatorial, que afeta a interação social e comunicação, bem como o comportamento da criança, com sérias consequências para a aprendizagem. Esses fatores justificam a importância da intervenção educacional no intuito de favorecer a aprendizagem das crianças inseridas no ciclo de alfabetização. Com base no exposto, o objetivo desse estudo é avaliar a representação do professor acerca do processo de alfabetização de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Trata-se de um estudo de abordagem quanti-qualitativa, de natureza exploratória, que foi realizado na cidade de Patos-PB, com professores de escolas das redes pública e privada, de salas de aula regulares. Como critério de inclusão, o professor deveria ter experiência na alfabetização de crianças com TEA. A amostra foi composta por conveniência. A coleta de dados foi realizada inicialmente por meio da técnica de associação livre (TAL) e dos procedimentos de classificação múltipla (PCM) e, na sequência, por meio da técnica da entrevista narrativa. Os dados quantitativos foram analisados por meio de estatística descritiva e os qualitativos por meio de análise de conteúdo na modalidade temática. Os resultados obtidos na TAL e no procedimento de classificação múltipla demonstraram que os professores representam a alfabetização de crianças com TEA como sendo fortemente associada à participação dos pais no decorrer do percurso da criança pelo ciclo de alfabetização. Também ressaltaram a busca de estratégias para favorecer a aprendizagem da criança; o desafio que esse processo representa para o professor e a sua segurança diante disso; o compromisso da escola; o respeito ao tempo da aprendizagem da criança e o ato de acreditar na capacidade dela; e a utilização de práticas inclusivas para alcance efetivo da referida função. Na entrevista narrativa, os resultados expostos mostraram existir heterogeneidade no que concerne às características de infantes com TEA, expondo que alguns são mais comprometidos que outros, inclusive nos aspectos envolvendo a alfabetização; a constatação da possibilidade de alguns alcançarem estágios significativos na alfabetização ou serem alfabetizadas; a insegurança do professor diante da nova experiência em alfabetizar alguém com TEA; e o ato de reprovarem alunos no ciclo de alfabetização quando não atingem os critérios estabelecidos para o ano letivo cursado, aspecto que se contrapõe ao que se preconiza para o ciclo de alfabetização, mas que nesse estudo a professora referiu ter sido uma estratégia positiva, utilizada por ela em parceria com a família, como também com a equipe multidisciplinar que assistia a criança, para o alcance da alfabetização. A partir dessas constatações é possível estruturar estratégias direcionados à população pesquisada. Tais estratégias necessitam contar com a participação de profissionais de saúde, além dos profissionais da educação, a fim de nortear todos os atores envolvidos na educação inclusiva: professores, escolas, pais e sociedade como um todo. |