Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jaíse do Nascimento |
Orientador(a): |
Dias, Maria Aparecida |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44815
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Resumo: |
As políticas de inclusão do Brasil, a exemplo da Lei nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), ampliaram o debate acerca da garantia de direitos e do processo de inclusão escolar desses indivíduos no sistema regular de ensino. No entanto, há relatos, na literatura, de que esse movimento ainda enfrenta muitos desafios, sendo um dos mais graves a precariedade na formação dos professores para atuar numa perspectiva inclusiva, com reflexo na execução de práticas pedagógicas que ainda compreendem o corpo separado do sujeito. Considerando o exposto, nosso estudo se desenvolveu objetivando analisar a percepção de professoras da Educação Infantil sobre a relação entre corpo e aprendizagem no processo de inclusão escolar de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Desse objetivo geral, desdobraram-se os seguintes objetivos específicos: a) Identificar a concepção de professoras da Educação Infantil sobre inclusão escolar, corpo e aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista; b) Analisar a relação entre corpo e aprendizagem de crianças com TEA na concepção de professoras da Educação Infantil; c) Aplicar uma proposta de formação continuada com ênfase na relação corpo e aprendizagem e crianças com TEA. Dentre os autores a que recorremos para a consecução dos objetivos desta pesquisa, estão os trabalhos desenvolvidos por Mantoan (2003); Mendes (2006) e Magalhães (2007) sobre diversidade e inclusão escolar; Nóvoa (2009); Favoretto e Lamônica (2014) sobre formação de professores; Schuwartzman (2003); Nunes; Azevedo; Schmidt (2013) e Fernandes (2008) acerca do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Destacamos ainda os estudos de Merleau-Ponty (2006); Gaya (2006); Nóbrega (2005) e Freire (2011), onde encontramos subsídios para fundamentarmos nossas discussões sobre a relação corpo e aprendizagem. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, na qual adotamos a técnica de Grupo Focal combinada às entrevistas individuais para obtenção de dados. Já o tratamento dos dados das entrevistas semiestruturadas, foi feito a partir da análise de conteúdo de Bardin (2016). Participaram desta investigação 05 professoras da Educação Infantil da rede municipal de Parnamirim/RN que tinham regularmente matriculadas em suas turmas crianças diagnosticadas com TEA, e a nossa proposta de formação se deu via plataforma digital de comunicação visando problematizar a relação corpo, aprendizagem e inclusão escolar de crianças com TEA no contexto da Educação Infantil. Os resultados apontam para a ausência de vivências coletivas e de espaços destinados à formação continuada para a construção de saberes a partir da açãoreflexão no fazer docente, desconhecimento das professoras acerca do TEA e a presença marcante de concepções que não valorizam o corpo da criança no processo educativo, por ainda o enxergarem apenas como um corpo físico, em muitos casos reprimido a favor da valorização do desenvolvimento cognitivo. Consideramos que a compreensão de corpo como espaço de aprendizagem na educação é indispensável à inclusão escolar de estudantes com TEA na escola regular, e nesse cenário, investir na formação do professor, remota ou presencialmente, continua sendo essencial. |