Estudo comparativo da utilização do Instrumento de Avaliação de Funcionalidade de crianças com Transtorno do Espectro Autista (IAF – TEA) em contexto clínico e domiciliar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Yamada, Josiane Keyla
Orientador(a): D'Antino, Maria Eloisa Famá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Presbiteriana Mackenzie
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CIF
Link de acesso: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/31269
Resumo: No contexto atual, a prevalência de pessoas com Transtorno do Espectro Autista vem aumentando notoriamente. Consequentemente, o número de crianças com autismo nos centros de tratamento, nas escolas e na vida social aumentou significativamente, mas também desproporcionalmente à capacitação de profissionais de saúde para atender essa população. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde é uma ferramenta que pode ajudar a identificar as limitações, funcionalidades e potencialidades destas crianças e permitir que os terapeutas possam criar planos de ensino mais eficazes para os mesmos. O Instrumento de Avaliação de Funcionalidade de crianças com TEA tem como meta avaliar as seguintes áreas: Percepções sensoriais, concentração, aplicação de conhecimentos (exigências pedagógicas), comunicação, comportamento/socialização e tarefas e demandas do cotidiano e pode ser um recurso importante para auxiliar terapeutas. O objetivo do presente estudo foi avaliar as habilidades funcionais, por meio da aplicação do IAF em crianças com TEA, de 6 a 8 anos e comparar os dados de terapeutas e familiares. A pesquisa foi realizada com 21 familiares / cuidadores de pacientes de 6 a 8 anos, com diagnóstico de TEA, que realizam tratamento no Instituto Prado Reabilitação Integrada e 8 psicólogos ABA que atendem as respectivas crianças. Os resultados apontaram que na comparação entre as percepções dos pais e dos profissionais quanto aos itens descritos na escala IAF, não foram encontradas diferenças significativas para nenhum item do questionário. Na comparação do modelo de regressão logística multinomial, verificou-se uma diferença significativa nas respostas dos itens entre crianças de escola pública e particular, entre crianças de idades diferentes, e também entre as habilidades avaliadas. As crianças de escolas públicas tiveram mais respostas “Não” do que “Sim”, comparadas às crianças de escolas particulares, e as crianças de 8 anos tiveram mais respostas “Sim” do que “Não”, e também mais respostas “Às vezes” do que “Não", quando comparadas às crianças de 6 anos. Em relação às áreas avaliadas, as habilidades concentração, percepções sensoriais, e tarefas e demandas do cotidiano tiveram mais respostas “Sim” e “Às vezes” do que “Não”, e as habilidades concentração e tarefas e demandas do cotidiano tiveram mais respostas “Sim” do que “Não”, quando comparados à aplicação de conhecimentos. Podemos verificar que as maiores dificuldades encontradas se referem a tarefas do tipo: ler, escrever, realizar cálculos, desenhos. Diante do que foi exposto, vê se a necessidade de se ampliar esse estudo para o ambiente escolar, com as respostas dos professores, para melhor visão das habilidades e dificuldades dos alunos, visando auxiliar na elaboração do Plano de Ensino Escolar.