A resistência no exílio : Miguel Arraes e o boletim Frente Brasileira de Informações (1969-1973)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Greyce Falcão do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Historia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41665
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar a atuação dos brasileiros que foram exilados obrigatoriamente pela ditadura militar brasileira. Esses sujeitos editaram o boletim Frente Brasileira de Informações, e utilizaram-no enquanto ferramenta de combate e resistência ao autoritarismo vivido no Brasil. Discutimos a existência do informativo como forma de luta e de enfrentamento dos brasileiros que foram forçados a deixar o país, e também toda a trajetória desenvolvida pelo impresso, de sua produção até a sua repercussão. O Front se insere nas redes de comunicação, denúncia e resistência organizadas por exilados fora do país. A imprensa alternativa produzida no exílio permitiu que os indivíduos pudessem se expressar, resistir, refletir, e estar mais próximos dos que partilhavam das mesmas condições e opiniões, através da troca de conhecimentos, experiências, e ampliação dos horizontes políticos e culturais. O objetivo do Front era, sobretudo, trazer notícias então censuradas no Brasil, informando à comunidade internacional, aquilo que não podia ser publicado na grande imprensa nacional, principalmente as denúncias de violação aos direitos humanos. Editado em nove países, Argélia, Alemanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra, Itália, Suécia, Suíça e Chile, Front noticiou e denunciou importantes desdobramentos no campo da informação, tanto aqui, quanto no exterior. Através do boletim, constatamos que a resistência à ditadura não se deu apenas internamente, e que a resistência no exílio foi parte importante desse período histórico.