A filmografia de Miguel Littín entre o exílio e a clandestinidade (1973-1990)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Alexsandro de Sousa e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13112015-155507/
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo analisar as representações políticas sobre o Chile na obra fílmica do cineasta Miguel Littín realizada em seu exílio político, entre 1973 e 1990. Engajado politicamente, o diretor produziu filmes no Chile e, devido à sua identificação com o governo de Salvador Allende (1970-1973), foi obrigado a exilar-se após o golpe de Estado, ocorrido em 1973. Em sua trajetória no exílio, Miguel Littín transitou por diversos países europeus e americanos dirigindo películas, participando de debates e construindo redes de solidariedades. Procuramos mostrar que essa forma de resistência a partir do exílio foi permeada por diversas tensões e divergências entre estrangeiros e exilados chilenos. Dentre as obras selecionadas para a pesquisa, analisaremos de forma privilegiada Actas de Marusia e Acta general de Chile, porque abordam a realidade chilena. A primeira foi produzida no México em 1975 e retrata um massacre de trabalhadores do salitre ocorrido no norte do Chile, no início do século XX. A segunda constitui uma série de documentários exibida pela Televisión Española em 1986 e exibe a luta social contra a ditadura de Augusto Pinochet. Procuraremos mostrar que a filmografia de Miguel Littín e sua atuação no exterior contribuem para a compreensão das lutas contra a ditadura chilena a partir de um novo ângulo, o audiovisual.