Playtea: construção e validação de tecnologia mhealth para orientação de pais e cuidadores de crianças com transtorno do espectro autista

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Oliveira, Luize Caroline Sampaio de
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Autismo infantil; Tecnologia em enfermagem
• Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/129290

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), caracteriza-se por diversos sintomas ou comportamentos que surgem durante a infância, que provoca atraso no desenvolvimento e na maturidade do sistema nervoso central, sendo o principal entrave a falta do diagnóstico precoce, que deve ser identificado pela família dessas crianças, e essas não têm conhecimento suficiente acerca do tema, implicando assim no atraso do tratamento. Diante da vivência em um ambiente de reabilitação, que trabalha na intervenção de usuários com Transtorno do Espectro Autista, surgiu a necessidade da criação de uma ferramenta tecnológica lúdica e direcionada, com o intuito de facilitar o manejo terapêutico e promover informações e segurança no processo de cuidar dessas famílias, ajudando-os a entender melhor como lidar com esse diagnóstico. Objetivou-se assim, construir e validar uma tecnologia mHealth, para orientação de pais e cuidadores acerca do Transtorno do Espectro Autista. Trata-se de um estudo do tipo metodológico, realizado no período de novembro a dezembro de 2022. Participaram da pesquisa pais e cuidadores de crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista, que apresentaram suas necessidades, por meio de questionários aplicados pela pesquisadora, com o intuito de avaliar o nível de conhecimento acerca da temática. Através desse levantamento foi criado o protótipo do aplicativo que contemplou as demandas apresentadas por este grupo, sendo essa ferramenta tecnológica elaborada na Universidade de Fortaleza, como ambiente de concepção, desenvolvimento e teste da tecnologia mHealth, pela área da Tecnologia da Informação e Comunicação. Para realização do processo de validação do conteúdo inserido no aplicativo participaram um grupo de especialistas denominados juízes. A ferramenta tecnológica desenvolveu-se em três fases: a elaboração de uma revisão integrativa; a construção do protótipo funcional e a validação por meio da verificação do nível de concordância estabelecida pela amostra definida como avaliadores. Para o desenvolvimento da revisão integrativa foram utilizados os portais Biblioteca Virtual em Saúde, Scientific Electronic Library Online e EBSCO Information Services, pelo método Preferred Reporting Items for Systemtic Reviews and Meta-Analysis, para seleção dos artigos, a partir de descritores pertinentes à temática. Quanto à utilização do protótipo pelos pais e cuidadores verificou-se um conhecimento bem superficial, mostrando assim a necessidade da criação do aplicativo. No processo de validação do protótipo, o instrumento foi composto por quatro Blocos de Avaliação: Objetivos, Conceito de Ideia, Estrutura e Apresentação da Tecnologia e Relevância. No Bloco dos Objetivos, o Índice de Validação de Conteúdo (IVC) variou de 0,90 a 1,0 e com Índice de Validação de Conteúdo Global (IVCG) de 0,95; no Bloco Conceito de Ideia, o IVCG foi de 0,95; no Bloco Estrutura e Apresentação o IVCG ficou em 0,95, e no Bloco referente à Relevância, o IVCG ficou em 1,0. Tendo em vista a análise dos resultados, percebeu-se que pais e cuidadores de crianças com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista não tem o conhecimento suficiente acerca do tema, implicando assim, no atraso ao tratamento. Dessa forma, o aplicativo virá como facilitador para minimizar a desinformação relacionada ao Transtorno do Espectro Autista, o qual a informação favorecerá de forma positiva a equipe multiprofissional no manejo terapêutico. Palavras-chave: Transtorno do Espectro Autista. Tecnologia. Enfermagem.