Toxicidade aguda do pesticida clorpirifós de formulação comercial em tambaqui (Colossoma macropomum, Cuvier, 1818)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Soraia Baia dos lattes
Orientador(a): LOPES, Ruy Bessa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidades e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/480
Resumo: Avaliar a toxicidade de pesticidas utilizados nas lavouras temporárias e permanentes para organismos aquáticos permite elucidar perturbações instaladas recentemente ou agregadas ao longo do tempo. Assim, este estudo ecotoxicológico buscou avaliar a toxicidade aguda do pesticida clorpirifós 48% (Klorpan® 480EC) a fim de determinar a concentração média letal (CL50-96h) para juvenis de tambaqui (Colossoma macropomum). A sensibilidade tóxica do organismo-teste foi avaliada preliminarmente utilizando-se a substância-referência “Dicromato de potássio”. Os ensaios de toxicidade aguda ocorreram em condições controladas de laboratório, por 96 horas de exposição, sob sistema estático. Os juvenis de peso médio 1.02±0.06g, foram distribuídos em grupos (n=15), formados por triplicatas de 5 indivíduos por aquário para cada concentração da faixa de letalidade estabelecida: 2.5, 10, 15, 25 e 45 µg/L, e mais um controle (branco). Os dados de letalidade foram tratados pelo método de Trimmed Spearman-Karber®, e por análises de Probito determinou-se a CL50-96h de 16.42 µg/L do clorpirifós para os juvenis de tambaqui. Efeitos rápidos e severos provocaram a morte dos animais em 48h de ensaio, e alterações comportamentais foram observadas até 96h de exposição. Antes de induzir a morte nos animais, este pesticida provocou em todas as concentrações, algumas mudanças de comportamento como: batimento opercular acelerado, nado contínuo, respiração na superfície, perda de equilíbrio natatório, natação errática, paralisia, espasmos, convulsão, e outros. As análises metodológicas qualitativas/quantitativas exploratórias destes efeitos comportamentais, demonstraram possível relação de concentração resposta. Os resultados permitem sugerir que, o pesticida clorpirifós demonstrou-se muito tóxico para peixes, e representa grande ameaça para a sobrevida da biota de ambientes aquáticos.