Avaliação da influência da temperatura e do Ph na determinação sexual do tambaqui Colossoma macropomum (Cuvier, 1818)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Morais, Irani da Silva de
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/3882637962783909
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Ciências Agrárias
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Ciências Pesqueiras nos Trópicos
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5434
Resumo: A aquicultura é uma das atividades agropecuárias que mais cresce no Brasil e no mundo. Na Amazônia, possui grande potencial devido à importância natural dos peixes na alimentação das populações humanas locais, que sempre os tiveram em abundância e variedade. Nas últimas décadas, o crescimento dos centros urbanos, principalmente Manaus, e o aumento da pressão de captura sobre os estoques naturais foram fatores responsáveis pela diminuição da fartura de peixes na região. Dessa forma, a piscicultura vem crescendo para suprir essa demanda e com isso gerando emprego e renda para as comunidades rurais. Como consequência do cultivo, surge a necessidade de melhoria e rapidez no processo de criação de peixes, usando técnicas que viabilizem o cultivo em menor tempo e em maior eficiência (produção por área de cultivo). Com a finalidade de fornecer conhecimentos básicos que possam auxiliar o desenvolvimento de novas tecnologias para a piscicultura regional e nacional, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da temperatura e pH na determinação de machos e fêmeas de tambaqui. Para isso, os referidos fatores físicos foram controlados em laboratório e foram realizados dois experimentos independentes, um para pH (6,5, 7,5 – controle e 8,5) e outro para temperatura (26, 28 – controle e 30 ºC), com dois ensaios em cada um. As larvas de tambaqui (12 dpe) foram mantidas nos tratamentos até atingirem 4 cm de comprimento padrão, quando foram transferidas para tanques rede até alcançarem o tamanho de sexagem. Com base em avaliações histológicas das gônadas, o tratamento de pH ácido produziu mais machos que o tratamento controle (pH 7,5). A temperatura de 26 ºC mostrou-se inviável experimentalmente pela alta mortalidade dos animais. A temperatura mais elevada apresentou uma tendência em aumentar a proporção de machos no lote. O resultado do trabalho sugere que o pH ácido (6,5) pode influenciar na proporção de machos e fêmeas em tambaqui, com maior número de machos. Os dados certamente poderão contribuir para o avanço do conhecimento sobre a biologia do desenvolvimento do tambaqui, servindo de apoio às pesquisas aplicadas, como em estudos sobre efeitos do aquecimento global, evolutivos, ecologia da espécie e biotecnologia.