Ontogenia das enzimas digestivas do tambaqui, Colossoma macropomum (cuvier, 1818): subsídios para aquicultura
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Outros Autores: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Biológicas Brasil UFAM Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/5131 |
Resumo: | Um dos principais entraves no desenvolvimento de tecnologias para o cultivo sistematizado de peixes nativos na Amazônia é a falta de conhecimento sobre as exigências nutricionais dessas espécies. As rações comerciais para peixes que dominam o mercado mundial são resultados de pesquisas sobre hábito de espécies exóticas. Por isso, o estabelecimento das necessidades nutricionais de peixes nativos e dos aspectos que subsidiem a formulação de dietas adaptadas a sua fisiologia, constituem passos importantes que possibilitam um aumento de produtividade e conseqüente desenvolvimento da aqüicultura na região. Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo bioquímico e de expressão gênica das principais enzimas digestivas do tambaqui, Colossoma macropomum, em diferentes fases do desenvolvimento inicial. Para tanto foram quantificadas as atividades das enzimas pancreáticas tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase A e B, amilase e lipase; das enzimas intestinais maltose, fosfatase alcalina e leucina aminopeptidase; e da enzima gástrica pepsina. Os resultados demonstraram que o comportamento das principais enzimas digestivas indica que o tambaqui possui um desenvolvimento da função digestiva equilibrada e precoce, onde as enzimas pancreáticas tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase A e B e amilase apresentaram um aumento gradual em suas atividades durante o desenvolvimento desta espécie. A digestão intestinal é ativa em estágio que precede a eclosão da larva tornando-se mais importante a partir da abertura da boca e início da alimentação exógena. Já a atividade da pepsina em juvenis de tambaqui foi menor quando comparada aos primeiros estágios, o que sugere a modulação desta enzima pelo tipo de alimento. As diferenças de expressão gênica do tripsinogênio e do pepsinogênio entre os estágios de desenvolvimento do tambaqui foi quantificada pela análise de qRT-PCR e demonstraram a habilidade desta espécie de expressar os genes das principais enzimas proteolíticas durante as primeiras fases do desenvolvimento embrionário e larval, indicando o grau de funcionamento do trato gastrointestinal livre de interferências inerentes aos ensaios bioquímicos. Entretanto, é necessário que novos estudos sejam delineados, tanto no nível molecular quanto bioquímico pra compreender os processos regulatórios que determinam esta habilidade. |