Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
BENTES, Glez Rodrigues Freitas
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Orientador(a): |
COLARES, Anselmo Alencar
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Instituto de CIências da Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/792
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Resumo: |
Nossa pesquisa tratou da Casa Familiar Rural de Santarém (CFR-STM), baseada na proposta pedagógico-filosófica do movimento social do campo, como alternativa aos filhos de produtores familiares, de acesso à educação e de resistência ao modelo urbanocêntrico excludente. Inspirada nas experiências pioneiras de Pedagogia da Alternância, da França (1935); Itália (1960) e Brasil/Espírito Santo (1969), a Casa Familiar Rural alterna educação e trabalho em diferentes tempos formativos integrados de teoria e prática, visando a formação teórica, o aperfeiçoamento prático produtivo no campo e a formação integral dos jovens. Partimos da compreensão histórica e global da experiência local, no contexto de sua criação no seio do movimento social, até a construção do processo territorial de diálogos e negociação com o Estado, no debate sobre a política educacional e desenvolvimento do/no campo. Destacamos os interesses antagônicos e contraditórios entre Estado e movimento social, diante das lutas para a emancipação dos seus sujeitos e constituição do poder local. A pesquisa surgiu da necessidade de analisar, como uma iniciativa privada, ligada ao movimento social do campo, se relaciona com o poder estatal em busca da efetivação da política educacional do campo, prezando por seus princípios metodológicos e filosóficos originários. A escolha por uma abordagem que abarque o princípio da totalidade e da historicidade nos apoiou transversalmente em nossa análise. Utilizamos a pesquisa bibliográfica e documental, entrevistas orientadas por roteiro, fichas com questões abertas, e depoimentos junto às lideranças do movimento social do campo, diretoria da CFR-STM, monitores, pais, jovens ex-alunos e atuais; bem como gestores municipais e regionais, antigos e atuais. Concluímos que esta experiência representa uma alternativa de resistência ao projeto de educação urbanocêntrico hegemônico, utilizando estrategicamente espaços públicos de articulação e de fortalecimento territorial para a intervenção efetiva ao atendimento às necessidades, sobretudo da educação do campo. Reconhece o papel do Estado, ao exigir dele a execução destas políticas. Mas a trajetória de diálogos entre Estado e Sociedade Civil é marcada por contradições que refletem uma tensão constante e paradoxal. Pois, o movimento social do campo apesar de defender a pedagogia da alternância como política pública, possui dificuldades nesta aproximação e vai buscar alternativas de sustentabilidade. Apesar das limitações, a CFR-STM interfere no desenvolvimento da região ao contribuir na formação de jovens críticos e conscientes, capazes de intervir e transformar sua prática com vistas à emancipação humana coletiva. |