Políticas públicas para a educação do campo: desafios e perspectivas para a Casa Familiar Rural de Conceição do Araguaia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bezerra, Sebastiana Ferreira lattes
Orientador(a): Santos, Ramofly Bicalho dos lattes
Banca de defesa: Santos, Ramofly Bicalho dos, Abbonizio, Aline Cristina de Oliveira, Oliveira, Marcos Marques de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12187
Resumo: Este trabalho de pesquisa tem como objetivo identificar as políticas públicas direcionadas à educação do campo que atendem as especificidades da Casa Familiar Rural de Conceição do Araguaia, verificando quais os desafios que esta escola enfrenta para ter acesso a estas políticas públicas, e se há perspectivas de políticas públicas que visem financiar, reconhecer e apoiar suas atividades de ensino. A Casa Familiar Rural de Conceição do Araguaia é uma organização comunitária de agricultores, criada pelos movimentos sociais do campo e gerida pela Associação de Famílias. Sua finalidade é ofertar educação integral de Ensino Fundamental e o Ensino Médio Profissionalizante Integrado ao curso de Agropecuária para os jovens do campo utilizando a metodologia da Pedagogia da Alternância. A sua fundação no município surge a partir da percepção dos camponeses de que a educação rural ofertada pelo poder público no campo, estava eivada de inúmeros problemas e desvinculada do modo de vida e do trabalho no campo. Desta forma era necessário criar uma escola para contrapor o modelo de educação rural vigente e que garantisse uma formação vinculada à vida e à permanência das famílias no campo. Para financiar as atividades de ensino da CFR, a Associação das Famílias reivindica do poder público políticas públicas para fomentar o funcionamento desta escola, no entanto, desde a sua fundação, a CFR passa por problemas relacionados à infraestrutura, carência de material de consumo e pedagógico, não tem quadro suficiente de professores e de demais profissionais. O presente trabalho é corroborado, sobretudo, pelas visões das pessoas que vivenciam o cotidiano da CFR. O acesso as informações se deu pelo acompanhamento realizado à CFR pela pesquisadora, por meio de entrevista, com aplicação de questionário a seis membros da diretoria, dos quais, três são sócios fundadores e pela análise de documentos da CFR (PPP, Regimento Interno, Atas, relatórios e convênios). Uma importante conclusão deste trabalho foi de que, a CFR, apesar de esforços históricos de negociação com os representantes do poder público nas várias instâncias, para mobilizar recursos oriundos das politicas públicas, sejam eles jurídicos, materiais, quadro de pessoal e reconhecimento, não conseguiu garantias de sustentabilidade e reconhecimento o que deixa esta escola de Educação do Campo com baixa perspectiva de acesso às políticas públicas