Do Padre Vieira da História oficial à personagem de Ana Miranda em Boca do Inferno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santana, Édila de Cássia Souza
Orientador(a): Santos, Rosana Cristina Zanelatto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2176
Resumo: O presente trabalho tem como corpus de estudo inicial o romance Boca do Inferno, publicado em 1989 pela escritora Ana Miranda. Criado com base em uma perspectiva histórica, a obra é um romance histórico que narra episódios da Bahia colonial no século XVII durante o governo do militar António de Souza de Menezes, apelidado de Braço de Prata. Nesse contexto o romance apresenta características que remetem ao período em questão, focando-se em elementos como a linguagem em relação aos registros escritos que se têm da época representada e na construção ficcional de acontecimentos e de personagens históricas. Uma dessas personagens é o padre António Vieira, havendo ênfase em suas características como orador sacro, filósofo e político participante de vários acontecimentos importantes do Brasil colônia. Nesse sentido, analisamos os aspectos que configuram a formação da personagem Vieira em Boca do Inferno, na historiografia literária e no discurso do próprio Vieira encontrado em sua Defesa diante do Tribunal do Santo Ofício, tendo como suporte os registros que celebram sua personalidade histórica e literária. Com base nesse aspecto e tomando o aporte teórico da metaficção historiográfica e da retórica de base aristotélica, estabelecemos as semelhanças e as diferenças que interagem no contexto textual, a fim de dimensionar os mecanismos utilizados para a construção da personagem António Vieira no romance de Ana Miranda e na historiografia literária.