Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Edjande da Costa Souza
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Orientador(a): |
Bedasse, Raimunda
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Banca de defesa: |
Bedasse, Raimunda,
Araújo, Noélia Borges de,
Portela, Girlene |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras e Lingüística (PPGLL até 2010)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35932
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Resumo: |
O estudo que se intitula Voz narrativa feminina e metaficção historiográfica no romance Dias e Dias, de Ana Miranda, é resultado da pesquisa que tem como corpus o romance Dias e Dias de Ana Miranda. O trabalho tem como objetivos analisar as relações entre ficção e história presentes no romance, levando em consideração tendências do romance pós-moderno em conjugar história e ficção, tornando possível o questionamento de verdades históricas; e discutir como a metaficção historiográfica pode representar uma porta aberta para o discurso de autoria feminina através da voz narrativa no romance, tendo como embasamento os estudos de gênero e as abordagens sobre as relações entre realidade e ficção, que desconstroem ideias hegemônicas e androcêntricas. Os romances de Ana Miranda têm estimulado estudiosos, seja pela relação que ela estabelece entre História e Literatura/Ficção, seja pela presença marcante da mulher. No romance Dias e Dias, a autora executa um trabalho inovador com a construção da personagem Feliciana, que, enquanto narradora do romance, atua como biógrafa do poeta Gonçalves Dias, numa história ambientada no século XIX. Documentos apresentam informações sobre a vida do poeta Gonçalves Dias, porém Antonio (nome eleito pela narradora para se referir a ele) é o resultado da idealização de Feliciana. A narração em primeira pessoa contribui fundamentalmente para esse efeito. Consultando White, Linda Hutcheon observa que história e literatura são ambas ―construtos discursivos‖. Ambas construídas histórica e socialmente, constituem discursos que se transformam, atendem a interesses específicos e têm em comum, além do fato de serem discursos, a verossimilhança e a intertextualidade. Os múltiplos olhares considerados como relevantes pela teoria pós-moderna possibilitam a inserção da mulher na história literária e seu olhar entre os que têm o poder de contar a história. Assim a mulher tem a oportunidade de relatar a história sob sua perspectiva, através de sua linguagem, de um lugar que até bem pouco tempo era ocupado apenas pelo homem. |