Alteridade e diferença em Bernardo Carvalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Ricardo Augusto Garro Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/ECAP-9H6GKQ
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar o romance Nove noites, de Bernardo Carvalho, tendo como perspectiva o conjunto da sua produção literária. O estudo parte da figuração de estrangeiro realizada por Julia Kristeva em Estrangeiros para nós mesmos, em que, utilizando do conceito de 'estranho', formulado por Freud, afirma não ser possível a completa separação das instâncias do 'eu' e do 'outro'. Assim, a estranheza, representada metaforicamente pelo estrangeiro passaria a se afirmar como condição estruturante do sujeito. Partindo de tal premissa, o objetivo é localizar a literatura de Bernardo Carvalho a partir da relação que a literatura contemporânea apresenta diante da alteridade, em diálogo com as obras de dois filósofos, Emmanuel Lévinas e Jacques Derrida, nas quais são importantes conceitos como 'diferença' e 'tolerância', para, em oposição, chegar à análise dos personagens/sujeitos de Carvalho, cujas marcas identitárias se localizam em um espaço contrário ao proposto por tais filósofos, com o contato com a alteridade se dando através dos signos do desajuste, da incompreensão e do confronto.