Por uma espiritualidade do morrer: viver a passagem na ótica de Jean-Yves Leloup

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Andrade, Adriana Viccini Brega Quinet de lattes
Orientador(a): Teixeira, Faustino Luiz Couto lattes
Banca de defesa: Berkenbrock, Volney José lattes, Almeida, Edson Fernando de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5681
Resumo: O pano de fundo dessa pesquisa é a questão da finitude e da morte como um dos grandes problemas existenciais da humanidade. O fio condutor é a questão da espiritualidade. Sob a ótica de Jean-Yves Leloup, o tabu a ser superado não é o tabu da morte em si, mas da dimensão espiritual não desenvolvida, obstáculo à vivência da morte como parte da vida e como arte de viver a passagem. Composta por três capítulos, esta pesquisa parte da antropologia desenvolvida por Jean-Yves Leloup, que está alicerçada no estilo alexandrino, na mística eckhartiana e na terapia iniciática. Na sequência, a questão da finitude é abordada a partir da concepção de morte fatal, responsável por manter o ser humano refém de sua própria condição. Os três tópicos que compõem esta etapa da pesquisa referem-se à passagem da concepção de morte fatal à pascal, à descrição dos estágios do morrer prescritos pela clínica contemporânea em paralelo com as descrições do tempo do morrer descritos pelas tradições cristã e budista, e ao papel da meditação hesiscasta no processo do morrer. Chega-se assim ao núcleo da pesquisa. Diante do paradoxo entre a consciência da contingência e transitoriedade da vida, e a dificuldade em aceitar morrer, o ser humano pergunta-se pelo sentido da vida, chave que dá acesso à dimensão espiritual nem sempre desenvolvida, mas que inevitavelmente, vem à tona na hora da morte, tema do terceiro capítulo. O ponto de partida desta etapa da pesquisa é a questão do sentido, pergunta que remete à dimensão espiritual. Partindo da questão do sentido, duas tradições religiosas — cristã e budista — são examinadas segundo a ótica de Leloup. A pergunta de fundo é como as tradições religiosas citadas exercem seu papel de facilitadoras do processo de morrer.